sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"O homem global é formado por
corpo, mente, espírito e emoção.
Parece até coisa sabida,
praticada, mas não é!
Vive-se parcialmente.
Alguns esquecem do corpo
e vivem no templo da mente e por ela
buscam aproximar-se do espírito.
Mas o corpo esquecido cobra-lhes
sustentação, o bem-estar,
a disposição, o ar fresco pleno nos pulmões.
Falta-lhes o sangue forte e vivo
correndo nas veias.
Então suas mentes agonizam
e seus espíritos se apagam
como luz noturna do farol da vida. '

A Semente da Vitória

Cobra, Nuno


domingo, 7 de fevereiro de 2016

O Coração Oculto do Cosmos
Brian Swimmwe
Vácuo quântico

“Como eu disse antes, uma das principais dificuldades para compreender a nova história é a forma newtoniana de nossa mente. Isso não é, em lugar nenhum, mais verdadeiro que no modo com que a compreensão moderna nos impõe preconceitos a respeito do “vácuo”. Para a mente moderna, “vácuo” significa espaço vazio. Significa nulidade. Significa “nada”. E, conquanto haja um modo no qual essas frases possam ser consideradas verdadeiras, descobrimos uma dimensão mais sutil e profunda para o vácuo, que precisamos explorar aqui.
As discussões a respeito do vácuo ás vezes apontam para regiões entre os superaglomerados com a melhor aproximação de um vácuo puro, e esse é um procedimento razoável. Certamente, a matéria e a energia são extremamente raras entre os aglomerados de galáxias. Mas a consequência infeliz de falar nesses termos é dar a ideia de que está longe, e isso simplesmente não é verdade. Ele está em todos os lugares e o lugar a que eu quero me referir para discuti-lo é o espaço que está bem à sua frente.
Para incorporar a ideia, junte as mãos em concha e pense no que você tem ali. Quais são os conteúdos na concha de suas mãos? Primeiro, em termos quantitativos, seriam as moléculas de ar – as de nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono e traços de outros gases. Haveria muito mais de um bilhão deles. Se imaginarmos a remoção de cada um desses átomos, ficaríamos segurando partículas extremamente pequenas como neutrinos do Sol. Além disso, haveria energia radioativa na forma de luz invisível.
Mas, agora imagine que tenhamos feito isso de alguma maneira, de modo que não restam nas suas mãos em concha qualquer molécula, nem partículas, nem fótons. Toda matéria e radiação foi removida. Nada foi esquecido; nenhum objeto, nenhum conteúdo, nenhum item que possa ser contado ou medido. O que estaria seria aquilo a que os povos modernos se referem como o “vácuo”, o “vazio” ou o “espaço puro”.
Agora, passemos às notícias: a investigação cuidadosa desse vácuo por físicos quânticos revela o estranho aparecimento de partículas elementares nesse vazio. Mesmo quando não existem átomos, nem partículas elementares, nem fótons, surgirão, subitamente, partículas elementares. As partículas simplesmente borbulham para a existência.

Eu compreendo o quanto isso pode parecer estranho e descabido para quem o esteja ouvindo pela primeira vez. Mas, simplesmente, não existe um modo de tomar essa descoberta “razoável” A maioria de nós tem mente newtoniana com um preconceito inerente que considera o vácuo como algo morto. Se insistimos que só que é matéria é real e que o vácuo é morto e inerte, teremos de encontrar algum jeito de nos mantermos na ignorância dessa profunda descoberta dos físicos: partículas que emergem do “vácuo”. Elas não se esgueiram de algum esconderijo quando se transformam em próton. Essas partículas elementares brotam do próprio vácuo – essa é a estranha e admirável descoberta. Estou pedindo a você para contemplar um universo no qual, de algum modo, o próprio ser brota de um campo de “vazio fecundo”.