sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ESPORTES DE QUADRA E CAMPO



SPORTS COURT AND FIELD
História do Voleibol
http://www.fpv.com.br/historia_volleyball.asp
O vôlei foi criado em 1895, pelo americano William G. Morgan, então diretor de educação física da Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos. O primeiro nome deste esporte que viria se tornar um dos maiores do mundo foi mintonette.

Naquela época, o esporte da moda era o basquetebol, criado apenas quatro anos antes, mas que tivera um rápida difusão. Era, no entanto, um jogo muito cansativo para pessoas de idade. Por sugestão do pastor Lawrence Rinder, Morgan idealizou um jogo menos fatigante para os associados mais velhos da ACM e colocou uma rede semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros, sobre a qual uma câmara de bola de basquete era batida, surgindo assim o jogo de vôlei.

A primeira bola usada era muito pesada e, por isso, Morgan solicitou à firma A.G. Spalding & Brothers a fabricação de uma bola para o referido esporte. No início, o mintonette ficou restrito à cidade de Holyoke e ao ginásio onde Morgan era diretor. Um ano mais tarde, numa conferência no Springfield's College, entre diretores de educação física dos EUA, duas equipes de Holyoke fizeram uma demonstração e assim o jogo começou a se difundir por Springfield e outras cidades de Massachussetts e Nova Inglaterra.

Em Springfield, o Dr. A.T. Halstead sugeriu que o seu nome fosse trocado para volley ball, tendo em vista que a idéia básica do jogo era jogar a bola de um lado para outro, por sobre a rede, com as mãos.

Em 1896, foi publicado o primeiro artigo sobre o volley ball, escrito por J.Y. Cameron na edição do "Physical Education" na cidade de Búfalo, Nova Iorque. Este artigo trazia um pequeno resumo sobre o jogo e de suas regras de maneira geral. No ano seguinte, estas regras foram incluídas oficialmente no primeiro handbook oficial da Liga Atlética da Associação Cristã de Moços da América do Norte.

A primeira quadra de Voleibol tinha as seguintes medidas: 15,24m de comprimento por 7,62m de largura. A rede tinha a largura de 0,61m. O comprimento era de 8,235m, sendo a altura de 1,98m (do chão ao bordo superior). A bola era feita de uma câmara de borracha coberta de couro ou lona de cor clara e tinha por circunferência de 63,7 a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336g.

O volley ball foi rapidamente ganhando novos adeptos, crescendo vertiginosamente no cenário mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados Unidos), sendo posteriormente desenvolvido em outros países, como na China, Japão (1908), Filipinas (1910), México entre outros países europeus, asiáticos, africanos e sul americanos.

Na América do Sul, o primeiro país a conhecer o volley ball foi o Peru, em 1910, através de uma missão governamental que tinha a finalidade de organizar a educação primária do país.

O primeiro campeonato sul-americano foi patrocinado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), com o apoio da Federação Carioca de Volley Ball e aconteceu no ginásio do Fluminense, no Rio, entre 12 e 22 de setembro de 1951, sendo campeão o Brasil, no masculino e no feminino.

A Federação Internacional de Volley Ball (FIVB) foi fundada em 20 de abril de 1947, em Paris, sendo seu primeiro presidente o francês Paul Libaud e tendo como fundadores os seguintes países: Brasil, Egito, França, Holanda, Hungria, Itália, Polônia, Portugal, Romênia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Estados Unidos e Uruguai.

O primeiro campeonato mundial foi disputado em Praga, na Tchecoslováquia, em 1949, vencido pela Rússia.

Em setembro de 1962, no Congresso de Sofia, o volley ball foi admitido como esporte olímpico e a sua primeira disputa foi na Olimpíada de Tóquio, em 1964, com a presença de 10 países no masculino - Japão, Romênia, Rússia, Tchecoslováquia, Bulgária, Hungria, Holanda, Estados Unidos, Coréia do Sul e Brasil. O primeiro campeão olímpico de volley ball masculino foi a Rússia; a Tchecoslováquia foi a vice e a medalha de bronze ficou com o Japão.

No feminino, o campeão foi o Japão, ficando a Rússia em segundo e a Polônia em terceiro.

O criador do volley ball, Willian Morgan, conhecido pelo apelido de "armário", devido ao seu porte físico, morreu em 27 de dezembro de 1942, aos 72 anos de idade.

Fonte federação paulista de voleibol.


FUNDAMENTOS
Toque

Primeiramente, ensinar a posição correta do corpo para o toque de bola: braços semiflexionados, as mãos abertas imitando a forma da bola e cotovelos paralelos ao corpo, as pernas semiflexionadas, mantendo uma boa base de equilíbrio, sempre com uma perna à frente. No momento do toque, impulsionar pernas e braços num movimento bem sincronizado e natural.
Conforme desenho 1, observe toda a técnica empregada, o movimento de pernas e braços e o encaixe das mãos no momento do toque.





Exercício
Tocar agachado, deitado, sentado em movimentação para frente e para trás, para a esquerda e para a direita. Jogar a bola para o alto, deixar quicar e entrar embaixo da bola e dar o toque. Dar 10 toques individuais sem deixar a bola cair. Dar 1 toque baixo e outro alto, tocar em dupla, trio, tocar individual no paredão, tocar com bola de medicinibol de 1,2 e 3 kg. Tocar em dupla sobre a rede ou corda elástica.









Manchete



Considero o fundamento mais difícil do Voleibol, pois é ela que permite que os outros fundamentos sejam bem-sucedidos. Portanto, deve ser treinada exaustivamente, desde a iniciação até o treinamento.

Posição - Para se efetuar uma manchete de forma correta, é importante o posicionamento de braços e pernas, que deverão estar de acordo com desenho de n° 2. Observe a posição dos braços, é onde a bola deverá tocar, e o posicionamento das pernas.




Exercícios

Efetuar individualmente e sem bola, diversas manchetes, parado e em movimentação.
Efetuar manchete individual com bola, em posição fixa.
Efetuar manchete individual em movimentação frente atrás, esquerda direita.
Dois a dois - manchete / manchete.
Dois a dois - toque / manchete.
Dois a dois - saque curto / manchete.
Dois a dois - ataque fraco / defesa manchete.
Dois a dois - distância 1 metro manchete / manchete.
Dois a dois - atravessar a quadra da linha de fundo à outra, tocando bola de manchete, inclusive com o obstáculo de rede, sem deixar a bola cair.
Dois a dois - movimentação completa de controle de bola com toque, manchete, ataque e defesa.
Jogo dois x dois - o técnico fica próximo ao poste com o carrinho de bolas. Lança a primeira bola para uma dupla, que deverá enviá-la de manchete  por sobre a rede, a dupla adversária deverá devolvê-la também de manchete, e assim sucessivamente, até a bola cair. A dupla que perder dará lugar à próxima dupla. Obs.: O jogo é só de 1 ponto.



Basquete

A História Oficial do Basquete

Em 1891, o longo e rigoroso inverno de Massachussets tornava impossível a prática de esportes ao ar livre. As poucas opções de atividades físicas em locais fechados se restringiam a entediantes aulas de ginástica, que pouco estimulavam aos alunos. Foi então que Luther Halsey Gullick, diretor do Springfield College, colégio internacional da Associação Cristã de Moços (ACM), convocou o professor canadense James Naismith, de 30 anos, e confiou-lhe uma missão: pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse seus alunos durante o inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas abertas.


Naismith com o time da Universidade de Kansas, onde foi técnico por muitos anos.

Depois de algumas reuniões com outros professores de educação física da região, James Naismith chegou a pensar em desistir da missão. Mas seu espírito empreendedor o impedia. Refletindo bastante, chegou à conclusão de que o jogo deveria ter um alvo fixo, com algum grau de dificuldade. Sem dúvida, deveria ser jogado com uma bola, maior que a de futebol, que quicasse com regularidade. Mas o jogo não poderia ser tão agressivo quanto o futebol americano, para evitar conflitos entre os alunos, e deveria ter um sentido coletivo. Havia um outro problema: se a bola fosse jogada com os pés, a possibilidade de choque ainda existiria. Naismith decidiu então que o jogo deveria ser jogado com as mãos, mas a bola não poderia ficar retida por muito tempo e nem ser batida com o punho fechado, para evitar socos acidentais nas disputas de lances.

A preocupação seguinte do professor era quanto ao alvo que deveria ser atingido pela bola. Imaginou primeiramente colocá-lo no chão, mas já havia outros esportes assim, como o hóquei e o futebol. A solução surgiu como um relâmpago: o alvo deveria ficar a 3,5m de altura, onde imaginava que nenhum jogador da defesa seria capaz de parar a bola que fosse arremessada para o alvo. Tamanha altura também dava um certo grau de dificuldade ao jogo, como Naismith desejava desde o início.

Mas qual seria o melhor local para fixar o alvo? Como ele seria? Encontrando o zelador do colégio, Naismith perguntou se ele não dispunha de duas caixas com abertura de cerca de 8 polegadas quadradas (45,72 cm). O zelador foi ao depósito e voltou trazendo dois velhos cestos de pêssego. Com um martelo e alguns pregos, Naismith prendeu os cestos na parte superior de duas pilastras, que ele pensava ter mais de 3,0m, uma em cada lado do ginásio. Mediu a altura. Exatos 3,05m, altura esta que permanece até hoje. Nascia a cesta de basquete.

James Naismith escreveu rapidamente as primeiras regras do esporte, contendo 13 itens. Elas estavam tão claras em sua cabeça que foram colocadas no papel em menos de uma hora. O criativo professor levou as regras para a aula, afixando-as num dos quadros de aviso do ginásio. Comunicou a seus alunos que tinha um novo jogo e se pôs a explicar as instruções e organizar as equipes.

Havia 18 alunos na aula. Naismith selecionou dois capitães (Eugene Libby e Duncan Patton) e pediu-lhes que escolhesse os lados da quadra e seus companheiros de equipe. Escolheu dois dos jogadores mais altos e jogou a bola para o alto. Era o início do primeiro jogo de basquete. Curioso, no entanto, é que nem Naismith nem seus alunos tomaram o cuidado de registrar esta data, de modo que não se pode afirmar com precisão em que dia o primeiro jogo de basquete foi realizado. Sabe-se apenas que foi em dezembro de 1891, pouco antes do Natal.

Como esperado, o primeiro jogo foi marcado por muitas faltas, que eram punidas colocando-se seu autor na linha lateral da quadra até que a próxima cesta fosse feita. Outra limitação dizia respeito à própria cesta: a cada vez que um arremesso era convertido, um jogador tinha que subir até a cesta para apanhar a bola. A solução encontrada, alguns meses depois, foi cortar a base do cesto, o que permitiria a rápida continuação do jogo.





Ginásio Armony Hill, local da primeira partida
oficial de basquete. Após a aprovação da diretoria do Springfield College, a primeira partida oficial do esporte recém-criado foi realizada no ginásio Armory Hill, no dia 11 de março de 1892, em que os alunos venceram os professores pelo placar de 5 a 1, na presença de cerca de 200 pessoas.






A primeira bola de basquete foi feita pela A. C. Spalding & Brothers, de Chicopee Falls (Massachussets) ainda em 1891, e seu diâmetro era ligeiramente maior que o de uma bola de futebol.

As primeiras cestas sem fundo foram desenhadas por Lew Allen, de Connecticut, em 1892, e consistiam em cilindros de madeira com borda de metal. No ano seguinte, a Narraganset Machine & Co. teve a idéia de fazer um anel metálico com uma rede nele pendurada, que tinha o fundo amarrado com uma corda mas poderia ser aberta simplesmente puxando esta última. Logo depois, tal corda foi abolida e a bola passou a cair livremente após a conversão dos arremessos. Em 1895, as tabelas foram oficialmente introduzidas.

Naismith não poderia imaginar a extensão do sucesso alcançado pelo esporte que inventara. Seu momento de glória veio quando o basquete foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e ele lançou ao alto a bola que iniciou o primeiro jogo de basquete nas Olimpíadas.

Atualmente, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, nos mais de 170 países filiados à FIBA.

FUNDAMENTOS
Vamos partir agora para a apresentação dos fundamentos propriamente ditos.
Estes serão apresentados em forma de passos. Estes passos devem ser seguidos como tema principal das aulas, mas não, como tema único.
Trabalho de Pés
1º PASSO
Parada de Dois Tempos
- Correr e parar com os pés em tempos distintos.

A história do handebol

A

bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e vem cativando o homem há milênios. O jogo de “Urânia” praticado na antiga Grécia, com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos, mas sem balizas é citado por Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo Cláudio Galero (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, “Hasparton”. Mesmo durante a Idade Média, eram os jogos com bola, praticados como lazer por rapazes e moças. Na França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol (“esprés jouaiant à balle, à la paume”). Em meados do século passado (1848), o Prof. dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de Ortrup, um jogo denominado “Haaddbold” determinando suas regras. Na mesma época dos tchecos conheciam jogo semelhante denominado “Hazena”. Fala-se também de um jogo similar na Irlanda, e no “Sallon”, do uruguaio Gualberto Valetta, como precursor do handebol. Todavia, o handebol como se joga hoje, foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como “Raftball”. Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de Futebol.

O período da primeira Grande Guerra (1915 a 1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando o Prof. de ginástica Berlinense Max Heiser, criou um jogo ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, derivado do “Torball” e quando os homens começaram a pratica-lo o campo foi aumentando para as medidas do futebol. Em 1919, o Prof. Alemão Karl Schelenz reformulou o “Torball”, alterando seu nome para “Handball” com as regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica, para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou o jogo como competitivo para a Áustria, Suíça além da Alemanha. Em 1920 o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tomou o jogo como desporto oficial. Cinco anos mais tarde, Alemanha e Áustria fizeram o 1º jogo internacional, com vitória dos austríacos por 6 a 3. Na reunião de agosto de 1927 do Comitê de Handebol da IAAF adotaram as regras alemãs como as oficiais, motivando a que na 25ª sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizado no mesmo ano, fosse pedida a inclusão do handebol no programa olímpico. Como crescia o número de países praticantes, o caminho foi a independência da IAAF, o que aconteceu no dia 4 de agosto de 1928, no Congresso de Amsterdã, quando 11 países escolheram o americano Avery Brudage como membro da Presidência da FIHA.

O COI então decidiu em 1934 que o handebol seria incluído nas olimpíadas de Berlim de 1936, o que realmente aconteceu com a participação de 6 dos 26 países então filiados, com a Alemanha vencendo a Áustria no jogo final por 10 a 6, perante 100.000 pessoas no Olympia Stadium de Berlim. Dois anos mais tarde, também na Alemanha, foi disputado o primeiro campeonato mundial, tanto no campo (8 participantes) como no salão (apenas 4 concorrentes). Tão logo terminou a Guerra Mundial, os dirigentes de handebol reuniram-se em Copenhague e fundaram a atual Federação Internacional com sede na Suécia sob a presidência do sueco Costa Bjork. Em 1950 a sede da IHF mudou-se para a Basiléia, na Suíça. Mesmo sem a participação dos alemães, criadores do jogo, os campeonatos mundiais foram reiniciados no campo em 1948 (para homens) em 1949 (para mulheres). No salão, já com os alemães, os certames foram reiniciados em 1954. Por razão climática, falta de espaço pela preferência do futebol e pelo reconhecimento de que era mais veloz, o handebol de salão passou a ter a preferência do público e a modalidade se impôs, a ponto de ser suspensa a realização de campeonatos mundiais de campo, desde 1966. Hoje, o handebol leva multidões aos ginásios, principalmente na Europa, onde os grandes astros são bem pagos e reconhecidos.


1     INTRODUÇÃO


                   Por técnica individual entende-se o conjunto de habilidades (práticas motoras, fundamentos técnicos) específicas (considerando as regras do jogo), e se relacionam com o manejo da bola e com os movimentos dos jogadores específicos, visando o máximo rendimento possível competitivo em treinamento ou jogo.

                   São considerados fundamentos técnicos individuais as habilidades que cada atleta ou praticante deve desenvolver em treinamento ou jogo, e podem ser consideradas da seguinte forma: específicas de ataque; específicas de defesa; e goleiros.
                  
Tabela 1 Divisões da Técnica
ATAQUE
DEFESA
GOLEIROS
-POSIÇÃO DE BASE
-MOVIMENTOS ESPECÍFICOS
-RECEPÇÃO DA BOLA
-CONSERVAÇÃO DA BOLA
-PASSES
-DRIBLES
-DOMÍNIO DA BOLA
-ARREMESSOS
-FINTAS
-POSIÇÃO DE BASE
-MOVIMENTOS ESPECÍFICOS -MOBILIZAÇÃO DO CORPO
-LUTA PELA POSSE DE BOLA -BLOQUEIO AOS ARREMESSOS
-POSIÇÃO DE BASE
-MOVIMENTOS ESPECÍFICOS
-DEFENDER OS ARREMESSOS
-FINTAS DOS GOLEIROS

                                   CALDERONI FILHO 1990.

                   É de suma importante que entendamos as designações e seus conceitos de formas específicas embora saibamos que, no momento do desenvolvimento do jogo, todos os fundamentos, quer de defesa ou ataque podem ser realizados simultaneamente, assim como os goleiros, além disso guardam, cada um desses uma tipologia específica que cada fundamento técnico individual possui, como veremos no decorrer deste.

2     PROCESSOS TÉCNICOS ABRANGENTES


                   Os processos técnicos abrangentes fazem parte de um arcabouço de movimentos que resultam na finalização do movimento considerado em um fundamento técnico específico, sendo assim estes processos resultam nos movimentos específicos, nos passes nas recepções, e etc... Por exemplo o conceito técnico específico do passe poderia ser entendido como "a passagem da bola, a partir do local com a mão para um companheiro da mesma equipe". Todos os elementos técnicos (como os conceitos teóricos) abrangem vários processos técnicos. O "passe" como elemento técnico abrange um número considerável destes processos técnicos, como por exemplo:


-       Passe de ombro executado no próprio local;
-       Passe de ombro na corrida e em suspensão (salto);
-       Passe de peito (duas mãos) em corrida a partir do próprio local;

                   Partindo destes princípios podemos inferir portanto que no jogo do handebol não são realizados elementos técnicos isolados mas sim processos técnicos abrangentes levando a execução dos fundamentos técnicos individuais.

                   Neste prisma podemos considerar os processos técnicos simples e complexos.

2.1 Processos Técnicos Simples


                   São de aprendizado motor mais simplificados. São movimentos invariáveis e automatizados que decorrem sempre em condições idênticas: possuem posição inicial (considerado início determinado do movimento), e uma posição final (geralmente é o resultado de determinado movimento) e decorrem num ritmo, velocidade e amplitude determinados. Como temos os seguintes exemplos:

-       O passe de ombro a partir do próprio local;
-       O arremesso em queda frontal;
-       As primeiras fintas simples.

                   Estes processos técnicos simples surgem num momento de aprendizado da técnica onde o movimento é aprendido e apreendido de forma mais analítica em programas de aprendizado da técnica, mas podem ser desenvolvidos em situações mais corriqueiras de jogo onde a simplicidade de execução do movimento deva ser a tônica. São exemple:

-       O tiro de 7 metros;
-       O passe de ombro frontal;
-       O arremesso sem ação técnica do defensor.

2.2 Processos Técnicos Complexos


                   Podemos definir como o encadeamento de processos técnicos simples interligados que na verdade mantêm a sua estrutura geral, mas que com o seu ritmo, velocidade, força e amplitude se acomodam as situações concretas no campo de jogo. A sua utilização sucessiva rápida e correta destes processos técnicos simples e complexos distingue os talentos no handebol. Um processo técnico complexo poderia possuir o seguinte aspecto: recepção da bola em deslocamento frontal, finta para a esquerda e para a direita, passar junto ao adversário, a simulação do arremesso em suspensão, tocar levemente no solo, saltar e arremessar em queda lateral executada par o lado do braço do arremesso.

3     ESTILO


                   Grandes possibilidades individuais desportivas executam os processos técnicos de um modo especial, próprio só dos jogadores e, portanto de suas características individuais, intelectuais e físicas e de suas particularidades morfológicas. A este aspecto individual da execução da técnica chamamos de "estilo pessoal". Através do estilo pessoal surgem novas variantes de movimentos de um processo técnico, que em determinadas situações também são utilizadas com sucesso, por outros jogadores resultando daí o desenvolvimento de novos processos técnicos. O jogador em questão contribui para a continuação do desenvolvimento da técnica. Deste modo, em todas as modalidades desportivas a técnica tem alcançado posição de destaque nos programas de desenvolvimento dos programas de treinamento. Contudo deve ser entendido que execuções erradas derivadas de deficiência de desenvolvimento físico ou de coordenação não podem ser consideradas estilo. O estilo pressupõe uma estrutura e uma forma de movimento absolutamente corretas do ponto de vista mecânico, físico, técnico e tático.

4     A TÉCNICA INDIVIDUAL DE ATAQUE

Quadro n° 03

CALDERONI FILHO 1980

                   Considera-se o jogador atacante é aquele que, no momento histórico específico da análise, a sua equipe (qualquer jogador individualmente) possui a posse de bola, não importando sua localização geográfica em quadra.

                   Neste instante, para melhor entendimento acerca do que vem a ser jogador atacante ou defensor, não devemos considerar a organização geográfica (visual) clássica tendo como base a linha divisória do meio da quadra (centro) como ponto referencial importante, mas sim o fato do jogador específico, ou sua respectiva equipe estar ou não de posse de bola.

                   A técnica individual de ataque abrange todos os processos técnicos simples ou complexos que o jogador utiliza no ataque.

                   Para este estudo considera-se fundamentos técnicos do atacante (conforme quadro 01):

-Posição de base (dependendo do posto específico em ataque - posição);
-Movimentos do jogador em jogo (dependendo do posto específico - posição);
-       Recepção da bola;
-       Conservação da bola;
-       O drible O passe;
-       O domínio da bola;
-       O arremesso
-       A finta
                   É importante salientar ainda que as descrições de processos técnicos são aplicáveis nos jogadores destros e sinistros, ou ainda em ambidestros.

5     A POSIÇÃO DE BASE


                   Como em todos os outros desportos, no handebol há também uma posição de base. Esta posição de base é valida como uma posição de partida para todos os movimentos ou ações de um jogador facilitando portanto o desenvolvimento dos processos técnicos.

                   A posição de base é utilizada especialmente no momento da recepção e o passe da bola, para iniciar uma corrida, na frenagem do corpo, nas fintas e nos arremessos.

                   Exemplo de seqüência de movimentos: na recepção da bola o jogador que recebe volta-se na direção de onde virá a bola. Neste caso específico e neste momento as pernas estão afastadas a aproximadamente na altura dos ombros. A perna contrária ao braço utilizado no passe fica a frente. Todas as articulações, começando pelo tornozelo, joelho e bacia (coxo-femural) ficam levemente fletidas.

                   Os ombros ficam avançados de modo que as costas fiquem levemente dobradas. Os braços, com as palmas das mãos ficam prontas para apanhar a bola vinda do passe, com a articulação do cotovelo relaxada e levemente fletida. Esta posição também é mantida depois da recepção da bola, pois a partir dos seus diferentes movimentos com a bola (movimentos de ataque - fintas, passe recepção e arremesso podem ser executados com mais fluidez e, portanto mais facilmente e rapidamente e com mais segurança. Não se pode imaginar um bom jogador sem esta posição de base. fig.01).

Figura 01

                   A conseqüente aprendizagem da posição de base acontece ao mesmo tempo que a do apanhar, passar, e do arremessar a bola. Com as explicações e demonstrações do professor, o aluno primeiro adquire uma ideia correta do que é a posição de base . Depois esta posição é treinada e associada ao apanhar a bola (recepção), e ao passar e arremessar a bola, até o(s) gesto(s) estar(em) automatizado(s).

6     OS MOVIMENTOS DO JOGADOR NA QUADRA


                   Por movimentos do jogador na quadra entendemos uma quantidade processos técnicos que habilitam o jogador a se movimentarem pela quadra, com ou sem a posse de bola no sentido de este poder participar do jogo coma melhor qualidade possível.

                   Isto requer uma preparação ativa e conscienciosa para estar a altura das exigências. Trata-se dos seguintes movimentos;

-Desmarcação;
-Sprint de 05 a 30 metros; Frenar;
-Corrida de costas e lateral;
-Mudanças de direção;
-Saltos;
-Inclinação brusca do corpo para a recuperação de bolas baixas.

6.1 A Desmarcação


                   O jogador utiliza a desmarcação para se desvencilhar do adversário e, correndo para o espaço livre, poder receber a bola para arremessar ao gol ou apenas participar mais diretamente do jogo.

6.2 O Sprint


                   O "sprint" em extensões mais curtas (05 m.) ou mais longas (20 a 30m.) é utilizado principalmente nos contra-ataques (direto, indireto e sustentado) e no jogo com trocas de posição através de movimentações táticas rígidas ou livres. No handebol não é permitido o "sprint" com a bola. Além disso durante o "sprint", p jogador deve ainda considerar diferentes aspectos táticos e observar o adversário.

6.3 O Frenar


                   O atacante utiliza a frenagem para travar de repente uma corrida rápida e assim se livrar, durante alguns momentos dos seus adversários diretos. Durante segundos ou frações de segundo, o jogador fica livre e pode passar a bola ou arremessá-la ao gol. A frenagem pode ser executada por meio de um ou dois passos travados ou de um pequeno salto com as duas pernas. Deve-se dedicar muita atenção à frenagem, pois da sua execução correta dependem muitas vezes ações técnicas de jogo, especialmente as executadas com bola.

6.4 A corrida de Costas e a Corrida Lateral


                   A corrida de costas e a corrida lateral são um processo técnico com a ajuda do qual o jogador se informa do conjunto da sua equipe, sem perder a visão global do jogo e consequentemente do adversário.

                   Não é propriamente uma corrida como a executada em provas de atletismo, mas um deslocamento com os passos dependendo do desenvolvimento do próprio jogo de ataque e as conseqüentes atitudes dos adversários. Assim a posição de base coloca sempre o jogador em situação de receber corretamente a bola, continuar a dominá-la e movimentar-se rápida e convenientemente. Neste prisma distinguimos dois modos de movimento;


6.4.1     O Deslocamento Lateral e de Costas


                   Seqüência de movimentos ritmados: são realizados pequenos passos de modo que não se perca o contato com o solo (sem salto) pelo menos com um pé, e o centro de gravidade do corpo se mova o mais possível na horizontal, isto é, sem grandes oscilações, as pernas poderão ser cruzadas se com a ajuda do cruzamento for executado uma mudança de direção.

6.4.2     Corrida Normal de Costas


                   Seqüência de movimentos ritmados a corrida de costas deve ser realizada de modo que o equilíbrio do corpo seja pouco perturbado. Um dos pés fica em contato permanente com o solo o movimento se inicia com as pontas dos pés, depois se desloca sobre a planta e calcanhar. -O corpo fica levemente dobrado, os braços fletidos pelo cotovelo que oscilam ao ritmo da corrida.

6.5 A Corrida com Mudança de Direção


                   Esse tipo de corrida serve, em primeiro lugar, para a mudança de direção e, em segundo lugar, para fintar o adversário. Neste segundo modo, o jogador simula correr numa direção e corre noutra. A mudança de direção é utilizada muitas vezes durante todo o jogo de ataque. Como finta serve para o jogador se livrar do adversário. Distinguimos duas mudanças de direção: a simples e a dupla;

6.5.1     A Mudança Simples de Direção


                   Seqüência de movimentos: como na corrida normal em frente, o jogador coloca a perna esquerda com a ponta do pé para dentro, trava a corrida e volta-se abruptamente para a direita, para a nova direção da corrida;

6.5.2     A Mudança Dupla de Direção


                   Seqüência de movimentos: é realizada uma mudança de direção para a direita e para a esquerda. Sucede-se, portanto, um movimento da perna esquerda para o lado direito e logo a seguir da perna direita para o lado esquerdo, assim o jogador se liberta no segundo processo do jogador que o acompanhou na primeira mudança de direção.

6.6 O Salto


                   O salto inclui diferentes processos, e em sendo assim o atacante não pode excluir estes do seu repertório técnico. Não seria possível receber bolas, nem arremessá-las, ou ainda fintar se não saltar corretamente.
                   No handebol os saltos são realizados com uma ou duas pernas. O salto com uma perna ou duas pernas são hoje muito utilizados nos arremessos e recebimento de bola e até nos passes dependendo da condição técnica do jogador e da forma com que o jogo se desenrola. Trataremos mais dos saltos no capítulo arremesso em suspensão.

6.7 A inclinação Brusca do Corpo para a Recuperação de Bolas Baixas


                   A inclinação brusca do corpo serve principalmente para o apanhar bolas parada e em movimento no solo ou a quicar, assim como para arremessos abaixo da linha da cintura do adversário, assim como para tirar a bola do adversário que a conduz bem a frente. Pode ser executado com o jogador parado, ou ainda em corrida.

7     A RECEPÇÃO DA BOLA


                   Para poder manejar a bola corretamente durante o jogo em primeiro lugar dever feita uma boa recepção ao passe.

                   Pode-se fazer a recepção de um passe com uma ou duas mãos, mas no processo de ensino é sempre interessante que o aprendiz execute com a s duas mãos para se ter uma melhor expectativa de domínio da bola. Mas se no decorrer do jogo for necessário receber o passe com uma das mãos, deve-se fazê-lo, de modo que esse processo deve ser bem desenvolvido.

                   Quanto a altura a recepção pode ser: alta, média e baixa.

-Alta é realizada na altura do tronco, cabeça e do rosto;
-Média é realizada na altura da cintura;
-Baixa é realizada na altura das coxas e joelhos.


7.1 A Recepção com as Duas Mãos dos Passes a Altura do Peito, Cabeça e Bolas Altas


                   O mesmo princípio serve de base a recepção de passe com as duas mão de passes em diferentes alturas. É de se notar que as bolas a altura do peito e rosto são recebidas mais facilmente. As razões desta facilidade são as seguintes:

-A bola está sob controle visual permanentemente;
-Os braços e as mãos, que estão estendidos para receber o passe, também estão sempre no mesmo campo visual da bola, de modo que sempre podem serem feitas as correções necessárias as posições das mãos;
-A própria condição anatômica dos braços e das mãos é mais apropriada para a recepção com as duas mãos.

                   Sempre da realização da recepção da bola as mãos não se adequam facilmente a superfície total da bola (configurações diferentes), portanto às zonas de luz (espaços em que a superfície da bola não encosta na mão na recepção) sempre estarão presentes. E este fato tem que ser interpretado pelos jogadores e professores como normal.

Figura 02
                   Seqüência de movimentos da posição de base da recepção com as duas mãos: o jogador estende os braços em direção ao passe para receber a bola ficando estes levemente fletidos pelo cotovelo, as palmas das mãos ficam voltadas para a frente e as pontas dos dedos ficam voltadas para cima , levemente fletidas.

                   Os polegares das suas mãos quase tocam um no outro e formam com os indicadores um "W" (flg.02). As palmas das mãos acompanham a curva da bola. Esta pequena "taça" é fechada atrás pelos polegares, impedindo assim que a bola escorregue das palmas das mãos. As pontas dos dedos, que no momento do contato são levemente levantadas para cima, e fazem o primeiro contato com a chegada da bola na hora do passe. Por meio deste movimento excêntrico com as pontas dos dedos, a bola recebe uma leve rotação para baixo voltando-se nas palmas das mãos levemente frouxas.

                   Os dedos ficam postados de forma mais natural possível, na sua posição de recepção, embora bem separados para abarcar uma boa porção da bola. A rotação da bola nas palmas das mãos é contida pelos carpos. Desse modo a bola fica segura nas palmas das mãos (fíg. 03) A palma da mão deve possuir um contato amplo com a superfície da bola. No momento do contato das palmas das mãos com a superfície da bola na recepção do passe, os braços começam a fletir-se fazendo assim diminuir a velocidade da bola empreendida no passe. A bola, já empunhada, é então, levada até o peito.

                   Para auxiliar a recepção de bolas passadas com muita força, é aconselhável dar um passo para trás no momento da recepção. Assim uma bola passada com muita força pode ser melhor controlada com segurança, e esta pode repousar momentaneamente junto ao corpo, à altura do peito. Esta é a posição inicial para se continuar a jogar inclusive com a possibilidade de um arremesso ao gol. Além disso, este procedimento técnico dificulta ainda mais uma possível retomada da bola pelo adversário.

                   As bolas altas são recebidas com a mesma posição das palmas das mãos da descrição acima, mas os braços não ficam estendidos à frente mas sim para cima, para alcançar a altura do passe da bola alta. Ao apanhar a bola as mãos trazem esta a altura dos ombros. Dessa forma a bola é apanhada no trajeto original do passe alto. Logo em seguida a bola é novamente levada a altura do peito.

Figura 03


                   Erros mais perceptíveis de recepção:

-Posição errada das mãos (em funil) tendo os dedos posicionados em direção ao passe, com perigo inclusive de contusão da musculatura, dos ossos, ou dos ligamentos;
-Recepção rígida da bola fazendo com que esta ricocheteíe como numa parede;
-Os braços não são estendidos suficientemente em direção ao passe, as mãos não podem amortecer a bola, esta escapa das mãos do recebedor;
-A bola é apanhada pelos dedos, pouca possibilidade de estabilidade da bola nas palmas das mãos e perigo de contusão;
-A bola não é imediatamente protegida de modo que o adversário possa ter acesso a ela mais facilmente.

7.2 A Recepção Lateral com as Duas Mãos


                   Durante o jogo disputado por duas equipes antagônicas, muitas vezes o bola pode vir inesperadamente ao encontro do jogador, por isto é necessário treinar varias formas a recepção da bola e com trajetórias mais inesperadas possíveis.

                   E a seguinte a seqüência de movimentos: o movimento para a recepção de uma bola da direita, aproximadamente na altura dos ombros, começa com um passo rápido para a direita com a perna do mesmo lado. Os braços são dirigidos para a direita, as palmas das mãos estão voltadas para a direção do passe, os polegares e os indicadores formam um "W". O dedo mínimo da mão direita aponta inclinado para a frente e para baixo. O jogador segue a bola com o olhar por cima do braço esquerdo. As pontas dos dedos é o primeiro segmento do corpo a tomar contato com a bola e efetuam a rotação nas palmas das mãos. A bola é levada ao corpo e a perna direita é novamente levada para a posição inicial (fíg 04).

Figura 04

                   Podem ser considerados erros:

-O passo inicial falha, pelo que a bola já não é alcançada;
-A bola escorrega pelas mãos, porque as palmas das duas mãos estão voltadas uma para a outra.

7.3 A Recepção com Duas Mãos de Bolas Baixas


                   A recepção das bolas baixas e na altura da cintura obrigam o jogador a mudar a posição das palmas das mãos.

                   Seqüência de movimentos: Os braços são estendidos, inclinados para baixo. As palmas das mão estão voltadas para a frente. Os dedos mínimos estão voltados um para o outro e formam com os anelares um "M" (fíg. 05).


Figura 05

                   Também aqui as pontas dos dedos tomam o primeiro contato com a bola e realizam a rotação desta. A velocidade da bola é interceptada para baixo por meio de um afrouxamento dos braços. Depois, a bola é levada em direção ao peito. As palmas das mãos mudam de posição sobre a bola, de modo que os polegares fiquem voltados um para o outro, e esta ficam nas mãos como feito descrito na recepção de bolas à altura do peito (fíg 06).

Figura 06

                   São erros possíveis da recepção de bolas baixas com duas mãos:

-As palmas das mãos estão voltadas uma para a outra, daí a bola escorrega das mãos;
-Ao segurar a bola as palmas das mãos estão mal colocadas;

7.4 A Recepção da Bola com Uma das Mãos


                   Com as duas mãos a bola pode ser apanhada mais facilmente do que com uma só mão. Por isso deve-se sempre tentar utilizar as duas mãos na recepção da bola.

                   Contudo durante o jogo há situações em que a bola já não chega suficientemente controlada para se recebe-la com duas mãos, ou, utilizando como exemplo está muito alta ou, num contra-ataque foi mal passada, ou no decorrer da partida deve ser imediatamente arremessada ao gol pelo pivô (jogador de 6m) Por isso tudo também a recepção com uma só mão deve ser aprendida e dominada.

                   Seqüência de movimentos. O jogador que está parado, correndo ou saltando estende o braço para a bola apanhando-a com a mão pouco tensa, primeiro com a ponta dos dedos c dirige-a com a ponta dos dedos em direção ao corpo para segurar com a outra mão.

                   Todo o corpo ajuda durante a intercepção da força da bola. Se depois da recepção tiver de ser logo passada ou arremessada ao gol o movimento de recepção, transforma-se num movimento para tomar impulso, para assim poder lançar a tempo (fíg 07). Em todo o caso, o jogador precisa de sentir otimamente a bola para poder avaliar e depois ajustar a trajetória, a altura e o rigor da execução. Uma recepção com uma mão e uma conclusão bem sucedida naturalmente também são espetaculares aos olhos dos espectadores.

                   Lembramos neste momento a beleza que são os gols conseguidos através do passe alto, direto ao jogador que corre e salta de fora da área dos 06 m., recebe esta bola no salto e após isto a arremessa ao gol fintando o goleiro que não espera a jogada (jogo aéreo).


                   Erros mais freqüentes:

-A mão não está suficientemente relaxada e a bola se perde;
-O braço e o corpo não ajudam o bastante no amortecimento da bola;
-O passe e a conseqüente recepção estão fora de sincronia, portanto o erro é de tempo do passe e do respectivo salto para receber a bola.
Figura i

                   Durante um jogo, nem todas as bolas chegam seguras e sem interferências ao seu destino. Muitas vezes, uma bola fica parada ou corre na quadra, e então tem que ser apanhada rápida e corretamente e posta da melhor forma em jogo. Se isto acontecer no próprio local onde se encontra o jogador parado, é fácil o apanhar da bola.

                   Acontece exatamente o contrario quando o jogador, ou mesmo o jogador e a bola estão em movimento. O apanhar da bola pode ser realizado com as duas mãos ou com uma.

7.5 O Apanhar de Bolas que Estão no Solo com as Duas Mãos por Baixo


                   Este processo é especialmente recomendado a principiantes.

                   Seqüência de movimentos: o jogador corre para a bola. Deve-se prestar atenção para o apanhar da bola, as pernas tem que ficar em posição de passos para a bola. Enquanto este passo de recepção é executado, o jogador deve inclinar-se rapidamente para baixo; ao mesmo tempo, fletir as pernas na altura dos joelhos, as mãos apanham a bola do chão (fig. 08). A velocidade da corrida não deve ser muito reduzida. Para proteger a bola, esta é puxada para a frente do peito.

Figura 08

7.6 O apanhar de bolas que estão no solo com as duas mãos por cima


                   Esta atitude técnica assemelha-se ao apanhar com as duas mãos as bolas que estão no solo. A diferença está exatamente nas mãos que já não são colocadas em forma de pá por debaixo da bola, mas sim por cima dela. A bola é, assim, envolvida pelas mãos, como na recepção com as duas mãos (fíg. 02).

                   Com a mesma técnica, a bola também é apanhada com uma mão (fíg. 09). Com uma mão o processo é mais rápido mas não é tão seguro. Por isso, devia ser utilizado sobretudo por jogadores com pratica e que possuem mãos relativamente grandes.

Figura 09

7.7 O apanhar de bolas que estão rolando no solo


                   O apanhar de bolas rolando no solo faz parte de um procedimento técnico que está presente constantemente no jogo. Neste caso trata-se de bolas que rolam no sentido da corrida do jogador ou em sentido contrário.

                   Sequência de movimentos: quando a bola se afastado jogador os passos tem que ser perfeitamente calculados se coadunando com o ritmo de rolagem da bola. O jogador coloca o pé que está próximo da bola precisamente junto a esta, e conjuntamente com a próxima passada o jogador realiza o movimento de apanhá-la como foi descrito anteriormente.

                   Com as bolas que rolam de encontro ao jogador, o jogador, se puder facilitar o seu apanhar deve fazê-lo com esta chegando para a posição aberta entre os dois pés, para depois ser apanhada de modo já descrito. O jogador deve agir rapidamente para a bola não passar pelo ponto exato de apanhá-la.
O segurar da bola
Desde a recepção, até o passe ou o arremesso, o jogador pode permanecer de posse da bola durante três segundos ou três passos. Este procedimento técnico deve ocorrer de modo que seja impossível do jogador adversário toma-la. Esta pode ser segurada com duas mãos ou com uma.
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O segurar da bola com duas mãos
O segurar da bola com duas mãos é o processo mais seguro de ter a sua posse com pouco perigo de perde-la. As palmas das mãos colocam-se sobre a bola de modo que os polegares fiquem voltados um para o outro e formem com os indicadores um "W". A altura do peito, junto ao corpo, é a melhora posição inicial para o correio e rápido manejo da bola, assim a bola também é protegida do ataque do adversário (fig 10).

Figura 10
O segurar da bola com uma mão (empunhadura)
Figura 11
O segurar da bola com uma mão (empunhar) é um processo técnico que tem desempenhado um papel importante na evolução do jogo do handebol, é sobretudo através do desenvolvimento desta técnica que hoje produz tanto efeito plástico ao público (fig.ll). Quase todas as fmtas, arremessos, combinações de jogo não poderiam ser realizados sem a empunhadura da bola. Por isto é que este processo deve ser ensinado corretamente aos jovens praticantes. A seu ensino incorreto deve prejudicar o jogador no seu caminho para a técnica perfeita do jogo do handebol. Se os jovens possuírem a mão pequena será difícil empunhar (agarrar) a bola. Mas isto não é razão para a alijar os jovens do processo. No início as bolas devem sempre ter o perímetro correspondente. Para principiantes e jovens, dever-se-ia escolher bolas que estivessem no limite mínimo do perímetro permitido. (+ ou - 40 cm. de diâmetro).
O segurar da bola com uma mão sem agarrá-la
Este procedimento técnico é utilizado apenas em passes e arremessos onde o jogador não pode empunhar corretamente a bola (agarrar), esta é guiada com as duas para o passe sobre o ombro do passe que o executa. A bola fica na mão que está atrás da bola e o passe ou arremesso é realizado por meio do impulso que lhe é dado. O braço de arremesso completa então o movimento de balanço começando imediatamente o movimento de passe
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consequência disto desenvolver-se-á mais potência. A mão que tem a bola deve ficar mais afastada, atrás do cotovelo, se não esta pode ser empurrada. Durante o impulso realiza-se no tronco uma torção, de modo que o ombro esquerdo fique voltado na direção do passe.
O movimento de passe começa com o deslocamento do peso da perna de trás para a perna da frente e redução simultânea da torção do corpo, da linha da cintura para cima. A bola é passada com um movimento, para a frente do ombro do braço do passe e com movimento simultâneo e repentino do braço do passe para a frente. No fim do movimento o tronco inclina-se para frente, de modo que todos os músculos anteriores do tronco exercem a função sinergista do movimento auxiliando o passe. Na aceleração a bola deve receber os últimos impulsos por meio do pulso e do polegar, do indicador e do dedo médio (os três dedos mais fortes da mão). Depois do abandono da bola, a palma da mão fica levemente voltada para baixo e para fora. A bola recebe, com este movimento da mão uma volta da frente e de cima para trás, para um eixo horizontal que é transversal à direção do passe. Todos outros impulsos dados a bola diminuem a sua aceleração e prejudicam a exatidão do passe. Este passe com uma só mão pode ser facilmente aperfeiçoado a partir do passe efetuado simplesmente e em distancias curtas, em que na maioria das vezes só é utilizado o braço do passe, até o arremesso forte ao gol. (7, 9 e 12m) no qual todos os movimentos enumerados contribuem o máximo possível para a aceleração da bola. (fig. 12).
Figura 12
Erros mais frequentes:
-     Posição de início ao passe errada 9como já descrito);
-     Torção muito pequena, ficando a mão que tem a bola á frente do cotovelo. Assim a bola é empurrada;
-     A bola não é empunhada corretamente, e por isso perde-se facilmente ou é lançada erradamente para cima pois a palma da mão fica debaixo da bola;
-     O braço do passe esta muito fletido, a alavanca é muito pequena, dificultando assim o movimento.
-     Posição dos pés erradas, pode ocasionar uma falta de precisão ao passe, alem de diminuir a sua potência de execução;
-     Efetuar a rotação da bola erradamente (diagonal) logo após esta sair da mão, em direção ao objetivo do passe.
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O passe de ombro associado aos três passos
Quando a bola tem que ser lançada com mais força a uma distância maior, ou ainda na corrida do contra-ataque por exemplo, ou, como veremos futuramente em arremessos, utiliza-se para o passe de ombro acima descrito passos que contribuem para ritmar ou aumentar, ainda mais, a aceleração do movimento do passe. Estes passos podem ser utilizados de um, a no máximo três.
O aprendizado dos passes com os passos é muito importante , pois o jogo exige sempre a sua utilização. E é sempre útil ensinar a jogar no limite que as regras do jogo nos propicia pois é neste momento de limite que se apartam os bons dos não tão bons jogadores. Estes movimentos não são somente utilizados no arremesso ao gol, mas também nos movimentos táticos de ataque para passar a bola somente a empurrando (fig. 13).
O passe de ombro associado aos passos tem a característica de poder dar-se um salto passo saltado), talvez até dois substituindo qualquer desses saltos. Esse aspecto é muito conhecido especialmente pelas crianças, podendo se encontrar utilizações múltiplas nos jogos infantis. Poderia ser de importância iniciar o aprendizado do passe em três passos, sendo que um destes pudesse ser marcado como passo saltado. A sequência dos passos para indivíduos é a seguinte:
-    Destros (direitos) - esquerda, direita, esquerda, daí sendo passada abola; sinistros (esquerdos) - direito, esquerdo, direito, daí sendo passada a bola.
Sequência de movimentos: da posição de base o passador começa, para a direita, com um passo a frente. O pé deve ser colocado de modo que o passador faça uma rotação do seu ombro esquerdo na direção do passe, resultando assim uma ótima torção de corpo. O segundo passo é um salto sobre a perna direita, sendo que a esquerda já é trazida para a frente para a posição de perna de apoio. Ao mesmo tempo realiza-se com este segundo passo um movimento ritmado com o braço do passe que na mão esta posicionada a bola, sendo que o terceiro passo é um passo alavancado a frente. Este passo grande - ponta dos pés para dentro - a perna esquerda é posta em posição de apoio. Ao mesmo tempo começa
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o movimento do passe (fíg. 13). Quanto mais corretamente este passo de impulso for executado, maior será a aceleração da bola. Esta consegue uma aceleração ótima quando há a fixação da perna de apoio a frente (terceiro passo) e assim o impulso do movimento é completamente transferido para o tronco e para o braço estendido, do passe ou do arremesso. Depois do passe ou arremesso o movimento é completado de forma natural.
Pode-se também realizar o passe de ombro utilizando um passo cruzado. Este procedimento técnico assemelha-se ao passo cruzado dos arremessadores de dardo. A sequência de movimentos partindo da posição de base, o jogador destro começa com um grande passo dado com a perna esquerda na direção do passe ou do arremesso. A ponta do pé é virada para dentro. O ombro esquerdo fica voltado na direção do lançamento. O segundo passo é um passo cruzado (passo de impulsão da perna direita por sobre a direita -o cruzamento pode ser feito pela frente , ou por de trás. A ponta do pé direito fica voltada para fora.
Ao mesmo tempo que o segundo passo realiza-se, é também feito o movimento ritmado do braço da bola para o passe ou arremesso .Este segundo passo também pode ser saltado para se ganhar mais espaço ou impulso. O terceiro passo é para fixar o pé de apoio da do na perna esquerda, realizando-se um passe de ombro simultâneo, como foi descrito no passe saltado, (fíg. 14).
Figura 14
Pode-se também realizar o passe de ombro realizando um passo de trás. Sequência de movimento: partindo da posição de base o jogador destro inicia o movimento com um passo a esquerda, sendo que a ponta do pé é voltado um pouco para dentro depois segue-se o ato de juntar a perna direita a esquerda (regularmente somente um passo. Durante este ato de juntar as pernas, levantar o braço na posição do passe, fazendo com que o tronco sofra uma forte torção. Depois segue-se a fixação da perna esquerda simultaneamente com um passe de ombro. (fíg. 15).
No fundo este procedimento técnico (passe de ombro com passo de trás) compõe-se apenas de dois passos de modo que só pode ser dado um terceiro passo se este trouxer alguma vantagem técnica.
Erros mais frequente:
-     O passo para fixar a perna de apoio (último passo) sai demasiado curto;
-     A torção do tronco é demasiado pequena;
O braço do passe não está suficientemente estendido, a alavanca, torna-se, assim demasiadamente pequena;
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Todos os passos ritmados tem algumas características comuns, que são muito importante para o vigor do passe, ou do arremesso, e para a execução da técnica correta:
-     O quadro dos passos é igual em todas as execuções deste: comprido - curto -curto;
O movimento ritmado é orientado paralelamente ao segundo passo (no jogador destro é sempre um passo com a perna direita);
-     Os passos ritmados terminam sempre com um passo de perna esquerda e a sua consequente fixação. Ao mesmo tempo que se faz este apoio, realiza-se o passe de ombro. O passo para fixar a perna de apoio deve ser orientado de modo que o movimento para a frente seja completamente travado. Assim a aceleração do braço do passe ou arremesso è aumentada. A perna do lado do passe ou arremesso só é colocada a frente quando a bola já não estiver na mão, aí podendo então interromper o impulso.
O passe com duas mãos por cima da cabeça
Este passe pertence a família dos passes de ombro. E é utilizado como passe no local, em corrida, no salto , em queda, e eventualmente, principalmente com os iniciantes também como arremesso ao gol.
Sequência de movimentos: a bola é segurada com as duas mãos. Com um movimento ritmado e vigoroso por cima da cabeça atrás desta, todo o corpo fica curvado. Os braços são repentinamente estendidos para a frente ao mesmo tempo e as mãos voltam-se para a frente e para baixo, para passar a bola na direção desejada.
Erros mais frequentes: a bola perde o contato com as mãos demasiado cedo o que faz a trajetória desta se alterar para cima.
Os passes de peito com as duas mãos
O passe de peito (característico do basquetebol) é um passe rápido e seguro em distâncias pequenas. No handebol o pivô devia utilizá-lo depois de ter recebido a bola nos 6m. e ao ter arremessá-la ou passá-la imediatamente. Devido à falta de ritmo de passe, este dificilmente é interceptado pelo adversário.
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Sequência de movimentos: a bola é segura com as duas mãos à frente do peito. Sem ou com um passo para a frente, os braços são estendidos na direção do passe. As mãos coma bola estão voltadas para cima e para trás, tanto quanto possível. O estender dos braços para a frente consegue simultaneamente o abrir das mãos com a bola, podendo assim ser determinada a aceleração, a direção, a altura e a velocidade da trajetória da bola. As palmas da mão estão voltadas para baixo par a entrega da bola.
Erros frequentes:
-     Braços e mãos não se estendem uniformemente;
-     As mão não se estendem para a frente. Só com o estender dos braços a bola eleva-se muito lentamente;
Os cotovelos são levantados de modo que as pontas dos dedos, no passe, apontem umas para as outras. A bola eleva-se com inexatidão.

Figura 16
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O passe por baixo ( na linha de cintura)
Em muitas situações de jogo, o jogador é obrigado, pelo adversário ou por outra circunstâncias, a passar a bola por baixo (linha de cintura). Aqui ele utiliza os passes por baixo, com uma mão ou com as duas. (figs. 17 e 18).
Figura 17
Sequência de movimentos: A bola é segura ou agarrada entre a mão e o antebraço. O braço oscila estendido, conforme a necessidade mecânica do movimento, mais ou menos para trás, passando pela cintura. Com uma vigorosa oscilação do braço, a bola é acelerada à altura do joelho, o que pode levar a bola a girar. Se q, passe é executado ao lado do corpo, o movimento assemelha-se ao do lançamento do disco (atletismo). Se o movimento do passe é diminuído e o braço dobrado na articulação do cotovelo, fala-se de um passe na linha da cintura. O passe por baixo com uma ou duas mãos é apropriado especialmente para um passe fácil e a curta distância (nos cruzamentos e alguns passes livres de 9 metros).
Erro frequente:
-    Momento errado da entrega da bola, por isso o passe é impreciso.
Figura 18
Além dos processos de arremessos e passes que nos referimos nos itens anteriores, sobretudo os jogadores de nível utilizam alguns processos de passes combinando com outros jogadores que tornam o jogo, rápido, interessante e portanto espetacular.
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O passe por de trás das costas
O passe por de trás das costas é um processo de combinação, eficaz e muitas vezes utilizado a meia, e pequena distância. É, segundo o seu modo de execução na altura da linha de cintura executado geralmente após uma finta.
Sequência de movimentos: o jogador avança na direção do gol entre jogadores de defesa, simula um arremesso por cima ou ao lado do defensor. Assim obrigando os defensores a tentarem o bloqueio ao arremesso. O atacante então passa bola com a mão por de trás das costas, que deve estar em condições de recebe-la sem marcação. O processo atende também as necessidades do passe de surpresa. Neste caso o braço oscila da posição de arremesso, rapidamente pelas costas passando pela altura da cintura, (fig. 19). A bola fica bem firme na mão e por um movimento de antebraço e munheca consegue a correspondente aceleração para se efetuar este passe com mais precisão. Este passe também pode ser realizado numa trajetória de bola quicada (Fig. 20).
Erros frequentes:
A bola não é eficazmente empunhada e por isso o passe deve ser perdido facilmente;
-    O movimento de passe não é executado com todos os processos da técnica envolvidos, a bola deve sair sem a precisão necessária.
Figura 19
O passe por de trás da nuca
O passe por de trás da nuca também pode ser utilizado de forma eficaz em combinação por jogadores da mesma equipe, este também é utilizado a média e pequena distancias como o passe por de trás das costas já mencionado.
Sequência de movimentos: depois de ataque entre defensores, que assim são obrigados ao movimento específico de bloqueio, segue-se partindo de uma posição efetiva de arremesso oscilando rápida do antebraço, que se dirige para trás da cabeça do mesmo lado do arremesso, daí a mão empurra a bola e os dedos dão o último impulso em direção ao objetivo passe, (fig 21). Por meio deste movimento a bola recebe uma orientação
correspondente a um dos eixos do ombro em prolongamento do ombro do lado oposto ao do passe.
rigura 20
A direção e a altura da trajetória dependem completamente da orientação da bola pelo antebraço, pela mão e pelos dedos, bem como também por uma discreta torção do corpo.
Erros possíveis:
Se a aposição da bola estiver errada o passe deve ser inexato; -    A bola não é empunhada corretamente;
Se houver um erro nos processos coordenativos na execução deste passe deve acontecer uma pequena aceleração da bola e esta deverá se perder.
O passe por baixo da perna de apoio
O passe efetuado com o pulso por baixo da perna de apoio é também útil para surpreender, e também é utilizado em situações semelhantes aos processos especiais já aqui descritos anteriormente.
Sequência de movimentos: depois do ataque com tentativa de arremesso ao gol fintando na altura da linha da cintura do defensor, a bola é levada do local de arremesso um pouco para a frente para depois ser passada com o punho por debaixo da perna de apoio para o jogador que está livre (geralmente o pivô), (fíg 22) A altura e a consequente aceleração são determinadas por meio do antebraço e pulso.
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Figura 21
Erros frequentes:
O movimento de finta de arremesso determinando uma consequente tentativa de bloqueio pela defesa, não é realizado adequadamente, ou não existe, de modo que o passe pode ser bloqueado pelo defensor;
O movimento de flexão do tórax por sobre a perna de apoio para efetivar a mecânica do arremesso e, posteriormente o passe, é demasiado pequeno, conquanto haverá imperfeição na trajetória do passe.
Figura 22
O passe quanto a sua trajetória
Quanto a sua trajetória identificamos 03 possíveis:
em linha reta (a bola efetiva uma linha reta entre a origem e o destino do passe,
também chamado de passe direto);
quicado (na trajetória do passe a bola quica no chão);
-     parabólico (a bola efetiva uma parábola entre o início e o objetivo do passe).
O passe em linha reta
Este trata-se do passe mais utilizado em um jogo de handebol, e também é o que a trajetória demora menos (em distâncias idênticas) para chjgar ao objetivo. Diz respeito a todos os tipos de passe, tendo importância somente a sua trajetória.
Este também é utilizado em quase todas as sequências de jogo que se requer a velocidade como fator primordial. No entanto este é o passe que mais frequentemente c interceptado pela defesa, não só porque ele é o mais executado mas também porque os processos bio mecânicos utilizados e portanto executados frequentemente podem lev um estado de pré fadiga nervosa muscular por movimentos muito repetitivos, dificultando sua precisão. Este também deve ser aquele que mais se incentiva nos treinamentos.
Sequência de movimento: Num passe de ombro (ver capítulo o passe de ombro), os processos técnicos bem executados deverão fazer com que a bola chegue ao receptor na altura do peito, para que este possa recebe-la com segurança e controle, dando uma boa possibilidade para que este seqiiencie o jogo através de outros procedimentos técnic ataque.
Erros mais frequentes:
Passe muito forte dificultando a recepção;
-     Passe muito fraco a trajetória se modifica podendo nem chegar ao destino;
-     Passe não colocado na altura do peito dificultando a recepção;
Quando executar este em corrida, suprimir um pouco da força porque em sua trajetória, que já é forte, ainda se acrescenta a velocidade de deslocamento do corpo, aumentando mais ainda a sua potência.
O passe quicado
Este deve ser utilizado onde a velocidade não é primordial mas sim, no morne em que é necessário prejudicar o movimento defensivo individual ou coletivo. O quite bola deve-se dar no terço de quem recebe a bola pois assim se efetiva uma boa relação entre o custo da perda da velocidade e a necessidade de se fazer com que, a bola, chegue segura, firme e mais controlada ao receptor. Qualquer tipo de passe pode ser utilizado com trajetória parabólica.
Sequência de movimentos: O passe é efetivado de forma com que a bola tome uma trajetória que se dirija ao solo, e que após o quique esta rebate em direção à recepção, recepção se modifica um pouco em função da bola possuir uma trajetória que vem de baixo para cima, e também, quando a bola quica no solo acontece uma fenómeno fazendo com que esta adquira um efeito (rotação) para frente podendo dificultar esta recepção.
Erros frequentes:
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Bola passada no terço mediano, ou ainda, do passador a recepção é muito
dificultada;
Bola passada com muita força, dificuldade de recepção.
O passe parabólico
Este é mais executado em condições diferentes de jogo quando é necessário lazer passes longos, e até passando por cima de defensores, como o contra-ataque, daí a sua maior utilidade.
Sequência de movimentos: No passe de ombro a trajetória parabólica deve ser efetivada prevendo uma recepção diferente e que geralmente se efetiva com o deslocamento do corpo.
Erros frequentes:
-     Ápice da parábola muito alta, demora da bola a chegar ao seu destino facilitando ações defensivas;
Ápice da parábola baixa não passando pelos defensores.
Metodologia Passe/recepção
O passe e a recepção estão estritamente ligados, e praticamente um não existe sem o outro. Assim, podemos dizer, que todo o passe executado, sendo que este não possui uma ótima recepção, este deverá ser considerado errado. Os processos técnicos devem ser aprendidos conjuntamente, ou seja, no treino do passe deve-se aproveitar também para desenvolver a recepção. Portanto esses exercícios podem ser chamados de exercícios de passe e recepção.
No treino começa-se com a apresentação feita pelo professor, ou por um aluno mais velho também bom jogador. Depois a sequência de movimentos é descrita com exatidão, onde podemos destacar as seguintes ações técnicas. No passe:
Segurar corretamente a bola, com as duas mãos, a altura e a frente do peito;
O movimento balanceado da bola a posição do passe de ombro deve-se efetuar
na trajetória mais curta, evitando todos os movimentos suplementares ou
desnecessários;
O pulso e os dedos devem contribuir para dar a bola uma ótima aceleração e
consequente direção;
-     O passe deve ser adaptado quase que individualmente, pois as características de recepção também são individuais (cada um a efetiva de uma forma), sendo assim o processo de bastante treinamento é imprescindível neste procedimento técnico.
-     O deslocamento em 03 passos deve ser sempre realizado, pois jogar próximo ao limite da regra é sempre um sinónimo de qualificação técnica.
Na recepção:
-     O relaxamento das mãos, a posição das palmas das mãos e dos dedos voltados uns para os outros, de modo que o polegar e o indicador formem um "W", como já discutido anteriormente;
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- A recepção com os braços estendidos para amortecer o impacto do passe, contribuindo a isto o consequentemente flectir do braço peia articulação do cotovelo, podendo assim controlar a bola com mais segurança.
Um exercício simples de treinamento com o qual a aprendizagem da recepção deveria começar é simplesmente informando a posição correta da mão em "W" . A bola fica no solo a frente do praticante. As palmas das mãos são então colocadas corretamente sobre a bola, levantando-a. Este exercício pode ser integrado num encadeamento simples. Aqui a bola é levantada e colocada a frente do vizinho, que, do mesmo modo a toma para jogar. A seguir a bola é passada de um jogador para outro, e sendo assim controlada sempre a posição correta da mão e treinada sempre a empunhadura da bola nas palmas das mãos. Esta entrega da bola pode também ser integrada num outro encadeamento. O exercício seguinte então seria tocar e apanhar as bolas que saltam no solo, as palmas das mãos são levadas então frouxamente para a bola, os polegares e os indicadores formam um ÍLW\ Deste modo os alunos aprendem muito rapidamente a posição correta das mãos para receber as bolas na altura do peito e do rosto.
Quando os processos de passe e de recepção estiverem apreendidos de forma grosseira, devem começarem a ser trabalhados em movimento, primeiro a passo depois em corrida. Nisso também podem serem empregues adversários passivos, e mais tarde ativos, para que a aprendizagem do passe e recepção sejam apreendidos mais proximamente a situações de jogo possível. O passe e a recepção são o "bê a bá" do handebol e devem estar inclusas nas formas mais variadas de exercícios em todas as sessões de treinamento, principalmente em equipes que estão iniciando o aprendizado do jogo.
O drible
O drible é um processo técnico muito simples e também não exige muito dos principiantes. Consiste numa atitude biomecânica de empurrar, com a palma da mão e ponta dos dedos firmemente, a bola ao solo, para que esta rebata (quique) e retorne novamente à palma da mão do executante. Aí sim este decide se continua ou não o mesmo processo técnico.
Sequência de movimentos: A bola é segura com as duas mãos, depois empurrada ao solo com uma mão (bater a bola) e, finalmente, apanhada novamente com as duas mãos.
O jogador pode driblar parado ou em movimento (corrida ou salto). Com o jogador parado, a bola pode ser segura durante três segundos, depois tem de ser batida e em seguida novamente passada ou arremessada.
A regra dos três passos tem mais valor no salto. O jogador pode dar três passos com a bola e depois tem de passar arremessar ou driblar. Quando o jogador não está em contato com a bola, podem ser dados quantos passos forem necessários. Depois da recuperação da bola, são novamente permitidos ao jogador três passos e então este tem agora de passar a bola ou arremessar, não sendo permitido a este voltar a driblar novamente (anti regulamentar), (fíg.23).
Sequência de movimentos: Driblando continuamente a bola deve ser empurrada contra o solo e depois do seu quique ela retorna a mão, e esta atitude técnica e repetida continuamente. Logo que a bola é segura com uma ou as duas mãos, entra em vigor a regra dos três segundos ou três passos. No drible no local, a bola deve ser quicada contra o solo coma força necessária para que esta retornar a mão do executante. A mão aberta recebe a
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bola (palma da mão para baixo) sem agarrar, acompanha o movimento da bola descontraindo o antebraço e jogando-a novamente para o solo, com a ajuda do antebraço e do pulso. Os dedos devem estar descontraídos e bem estendidos.

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Figura 23
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Figura 24
29
Em corrida, o procedimento é o mesmo (fig. 24). Aqui deve-se entender que a bóia é conduzida lateralmente e á frente, de modo que não perturbe a corrida. Quanto mais rápido for a corrida, mais rapidamente deve ser executado o drible.
O jogador pode mudar de mão desde que a bola não escape o seu controle. Se consideramios o jogador que corre e que dribla a bola, deve-se poder ver sempre a bola; de ângulo visto de trás.
Erros:
-     A bola é quicada contra o solo de modo que esta não retorne à mão;
-     Num drible de frente aos pés, cuidado para não tocá-los;
-     A bola é jogada de uma mão para a outra sem quicar o solo, isto é contra a regra; O ângulo em que abola é driblada no solo não corresponde a velocidade de corrida.
Os arremessos
Considera-se arremesso todos aquele procedimento técnico que tem por objetivo marcar o gol. Portanto a potência do arremesso constitui-se num fator importante pois este procedimento técnico tem que ultrapassar uma defesa, um goleiro e daí sim penetrar na baliza de gol.
Podemos dizer que por meio da qualidade dos arremessos (gois feitos) podemos também observar a qualificação técnica da equipe, (fig. 25). O ensino dos arremessos deve,

Figura 25
30
por isso ocupar um lugar importante na preparação do jogador. A maioria dos processos técnicos de arremessos já foram tratados no item "passe". Agora são salientados a utilização e as diversas execuções dos arremessos já conhecidos. Sempre que não se trata de processo de arremessos conhecidos, este são descritos com exatidão.
O arremesso no próprio local
O arremesso com o jogador parado é um arremesso onde o processo de execução técnica está mais fundamentado no ombro, que é mais utilizado na execução do tiro de 07 metros (penalti) (fig. 26 ) e como arremesso livre direto dos 09 metros. Como o passe executado no local, este arremesso não possui tanta força, Enquanto no arremesso em movimento deve se ter uma força máxima. Esta circunstância exigiu algumas alteraçõ execução que aumentam a potência dos arremessos.
O movimento de impulso é aumentado, o mesmo acontecendo com a torção do corpo. O ombro do braço do arremesso é recuado ao máximo. O braço do arremesso é em parte ou totalmente estendido, de modo que a ação de alavanca do braço se torne o maior possível. O peso do corpo é transferido ainda mais para a perna que está atrás. Tudo isto causa um prolongamento do trajeto em que a bola é acelerada. Toda a força deve atuar explosivamente na bola. É especialmente importante a queda para a frente, em que todos os músculos anteriores do tronco estão implicados no arremesso, e o excesso do peso do corpo passa da perna de trás para a da frente.
A altura do arremesso é determinado pelo lapgar, mais cedo ou mais tarde, da bola, enquanto esta pode ser dirigida com o pulso para a direita ou para a esquerda.
Em todos os casos, a bola deve ser empunhada. O arremesso ao gol com o jogador parado trás poucos problemas de método de execução. Se o jogador dominar o passe (recepção) a partir do próprio local, é fácil executar o arremesso. No arremesso ao gol é importante o sentido de alvo que existe nos arremessos, e este sentido deve ser treinado.
Aqui oferecem-se exercícios simples de arremesso a parede, pequenos jogos de arremessos com o objetivo imóvel ou móvel, ou arremessos ao gol com a atuação do goleiro.

O arremesso em corrida
Este processo pode ser executado de duas maneiras:
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01-  Em corrida com a perna do lado do braço do arremesso à frente ou no momento em que o peso do corpo está centrado nesta perna;
02-   Com os passos balanceando o arremesso.
As   duas   maneiras   são   utilizadas   frequentemente   durante   uni  jogo,   e   em especialmente a segunda pode ser executada com muitas variações.
O arremesso em corrida cora o apoio do lado do braço do arremesso
Este é um arremesso de ombro muito parecido com o passe clássico do handebol (de ombro). A sequência de movimentos é a mesma do passe em corrida (fig.27). O jogador tentará fazer o arremesso tão rigorosamente quanto possível. Isto acontece através de :
Corrida rápida;
Arremesso da bola efetuado com força (corrida + potência determinada pela
execução biomecânica);
-     Extensão do braço (ação de alavanca);
-     Movimento mais balanceado;
-     Inclinação do tronco para a frente.
Este arremesso é utilizado no contra-ataque e no ataque, para se aproveitar o espaço entre os jogadores de defesa. Pela execução rápida dificulta a ação exata de defesa do goleiro. Com relação a altura do arremesso, este pode ser executado de fornia alta (acima da cabeça), média (altura do tórax) e baixa (linha de cintura).
Fig 27
O arremesso com passo balanceado
É um arremesso com o qual a bóia é lançada de maneira mais forte possível. São utilizados a sequência dos três passos e mais um salto. A sequência de movimentos é a mesma do passe balanceado. O arremessador pode tentar tornar o arremesso mais forte por meio de:
-     Arrancada mais rápida e disposta;
-     Dimensão máxima que, o equilíbrio permitir, dos passos balanceados;
-     A terminação do arremesso se dá com o braço estendido e com força; O movimento balanceado é longo com ótima torção do corpo;
-     Inclinação do tronco a frente;
-     Condução da bola com a mão do lançamento em condições ideais (empunhadura);
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Finalização do movimento com o pulso (polegar, indicador e dedo médio). O arremesso pode ser executado da seguinte maneira:
1-   A bola é recebida com o jogador parado os passos de impulso (três) são executados. A partir daí são executados os passos balanceados;
2-   A bola é recebida na corrida, ou no salto e é executado o arremesso com a criatividade, e os regulamentos do jogo permitir ao jogador;
3-   A bola é recebida no salto (no ar) e o jogador retoma ao solo com duas pernas. Neste caso podem ser utilizados os passos balanceados, pois o primeiro a com o solo após recepção da bola não é considerado regulamentarmente um passo;
O arremesso executado desta forma, a trajetória da bola será de cima para baixo.
Os passos balanceados são utilizados em muitos arremessos especiais e devem ser aprendidos com grande atenção e amplitude de movimentos. Não podemos nos esquecer que um salto balanceado pode substituir um passo nos passos que antecedem o arremesso.
O arremesso no salto
Neste item o arremessador tenta se aproximar do gol, e ou dificultar, com um salto, a ação dos defensores arremessando por sobre estes. Este arremesso é um dos processos técnicos mais importantes do handebol ocupando mais de 50% de todos os arremessos realizados em um jogo.
Quando não existe entre o gol e o arremessador um jogador de defesa, a não ser o goleiro este pode ser executado na sua amplitude dé forma mais estendida. Esta situação surge com os contra-ataques, no arremesso de ponta, dos 06 metros, e após se penetrar < os defensores.
Vantagens destes arremessos:
O jogador dificulta ainda mais as ações defensivas;
-    O jogador reduz a distancia até o gol;
O jogador melhora o angulo de seu arremesso;
O momentâneo atraso do arremesso, leva ao jogador que arremessa esperar uma
reação do goleiro, e daí conseguir mais facilmente marcar o gol
O arremesso no salto pode ser executado com o balanceamento de dois ou três passos. A recepção da bola pode ser efetuada com o jogador parado ou em corrida.
Sequência de movimentos: a bola é recepcionada com as duas mãos. A dircção da corrida balanceada pode ser de cerca de 45° em relação à baliza. Para o jogador destro, a arrancada do lado esquerdo consiste em três passos (esquerdo, direito, esquerdo). Normalmente os três passos tem uma amplitude maior e são efetuados rapidamente. Sai-se de chão com a perna esquerda a frente, enquanto a direita dobra-se, e é utilizada como perna de impulso, sendo energicamente levantada para o lado e girada para a direita mesmo tempo com o salto efeíua-se o movimento balanceado com a bola, como em todos os arremesso de ombro já aqui mencionados. O ombro esquerdo avança sendo o centro de rotação do arremesso. No ponto mais alto do salto, é executado o arremesso. Este começa com o desfazer da torção do corpo e do arco por este formado. O movimento do braço é auxiliado pelo movimento do ombro do braço do arremesso para a frente, pela queda do tronco para a frente e pela trajetória em voo do jogador que arremessa. Depoi: arremesso o jogador volta ao solo sobre a perna do salto pronto para continuar atenciosamente jogando (ííg.28).
33
Figura 2S
Portanto, no arremesso em suspensão distinguimos os seguintes processos té a recepção, o deslocamento em três passos, o salto, o vôo e o arremesso. Erros mais frequentes:
-     Passos iniciais demasiadamente grandes;
Corrida direta para o gol (melhor o corpo não estar diretamente de frente para o
gol);
-     A perna de impulso é dobrada e levantada somente para a frente;
-     A bola não é levantada diretamente por sobre o ombro do braço do arremesso; O braço do arremesso não é suficientemente estendido;
-     A articulação do ombro (cintura escapular) não participa do arremesso, o centro de rotação não é o ombro do lado oposto ao lado do arremesso. Assim o arremesso é feito apenas com a força do impulso da corrida e do braço.
O regresso ao solo não se realiza de forrna correta (perna de impulso).

Os arremessos em queda
O arremesso em queda é um arremesso de ombro que é executado durante o movimento de queda. Distinguimos MTemessos frontais com queda (arremesso de 07 metros, arremessos dos 06 metros) e arremessos laterais com queda, executados pelos jogadores que atuam nas pontas.
Vantagens do arremesso em queda:
1-   Tendo a bola durante mais tempo no arremesso esta pode receber um maior controle e aceleração, alem disso, pode esperar-se as reações de defesa do goleiro;
2-   O jogador esquiva-se ao ataque do adversário;
3-   O angulo de arremesso é aumentado;
4-   A distancia do gol diminui.
O arremesso com queda frontal é aquele em que o jogador cai ao solo de frente. Como este é o arremesso em queda de mais fácil execução devemos iniciar o aprendizado dos arremessos em queda por ele.
Sequência de movimentos: O arremessador segura a bola a frente do peito com as duas mãos, na posição de base, com as pernas afastadas ou com uma perna a frente c outra atrás. O movimento começa com o avançar do joelho e do quadril, (o mesmo movimento do ajoelhar-se), com movimento simultâneo do braço do arremesso.
Aqui, o braço do arremesso com a bola é dirigido, tal como no arremesso de ombro com o jogador parado. Para auxiliar a torção do corpo, os joelhos também podem girar um pouco para o lado do braço do arremesso, conseguindo-se assim unia extensão do corpo muito boa, que por sua vez contribui para uma ótima aceleração da bola. O olhar é dirigido para o objetivo. Desta posição efetua-se um movimento de queda, no qual os joelhos, dobrados, e o quadril são trazidos para a frente. Perto do corpo, as pernas são est vigorosamente e a bola é arremessada, sendo a direção do arremesso determinada pelo pulso. A recepção no solo do corpo depois da queda realiza-se apenas com as mãos (fíg. 29), ou ainda com as mãos e. o corpo rolando por cima do braço do arremesso (rolamento).
Figura 29
Erros frequentes:
-     No arremesso a bola não é conduzida corretamente;
-     Não há torção do corpo, e assim a bola é lançada apenas com o braço e não com todo o corpo;
-     A queda e o arremesso estão temporariamente separados;
35
Na queda o quadril e o joelho estão estendidos, não surgindo assim o arquear do corpo e aumentando o perigo de lesões das mãos.
Os arremessos especiais
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Figura 30
No estado atuai do desenvolvimento do handebol, as técnicas descritas até aqui servem de base técnica comum do jogo, e por isso, devem ser dominadas por todos os jogadores. Para se ter um bom resultado na disputa com o defensor com boa técnica c em
36
boas condições, o atacante precisa de alguns processos especiais, especialmente arremessos ao gol que pode utilizar conforme o comportamento do defensor. Estes arremessos especiais ao gol organizam-se com base nas técnicas fundamentais já descritas e podem ser mais e eficazmente aprendidas se forem dominadas com perfeição (fig.30). É de salientar que uma condição física ótima e em especial um poder de potência de impulso e de arremesso são muito importantes para a execução de processos especiais. Os processos isolados são pensados especialmente para determinadas categorias de jogadores: meia distância, pivô e ponta.
O arremesso por baixo
O arremesso por baixo é um arremesso que é feito a meia distância, por baixo p; lado do braço do arremesso, passando perto do adversário, e que causa difículd especialmente ao goleiro pois o arremessador é encoberto pelo defensor (fig.31). Serve de base a este arremesso o arremesso na linha da cintura com passo saltado com jogador parado ou em corrida.
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Sequência de movimentos: se o arremesso for executado em corrida, a bola tem de ser recebida durante um passo para a esquerda. Se for executado com o jogador parado, o jogador que faz o arremesso começa diretamente com um passo saltado. Nos dois casos, o passo saltado pode ser executado na direção do defensor, pelo que com o segundo passo é ganha a posição para o arremesso de quadril direcionando a bola para cima. O defensor o é obrigado a bloquear por cima. Agora, o arremessador não coloca a perna de apoio a direita, mas sim para o lado do braço do arremesso, de modo que a parte da frente do corpo
37
fica voltada para o solo. O braço do arremesso, com abola empunhada, fica na posição de arremesso. Segue-se, aí sim, o verdadeiro arremesso, em que a bola e arremessada rente ao solo para o lado do braço do arremesso, passando próximo ao adversário. O tronco do jogador arremessador gira na direção do gol, este fato pode ser auxiliado, e muito com a da perna que esta a direita e com o deslocamento do peso para a perna de apoio. O tronco tem de ser tão dobrado que a cabeça do jogador arremessador fica a altura do quadril do adversário. Abola deve ser arremessada pelo lado do defensor para o canto esquerdo do gol (jogadores destros), pois o goleiro volta-se para o lado da trave para a qual a bola é arremessada, passando pelo defensor para poder ver o jogador arremessador. Erros frequentes:
O tronco não é suficientemente fletido,
O braço do arremesso não é levado suficientemente para perto do solo; -    A perna de apoio e a outra perna não se cruzam suficientemente.
li
Este arremesso também pode ser utilizado com uma queda lateral. Este pode ser um arremesso considerado de meia distância podendo ainda ser executado com jogador parado ou em corrida (fig.32).
38
. que este arremesso aconteça, depois de todos os processos técnicos do arremesso por baixo, o jogador arremessador efetua uma queda lateral para o lado do braço do arremesso, com isto este jogador consegue uma maior mobilização de forças, e ainda, consegue afastar-se um pouco mais do defensor, que tenta o bloqueio, aumentando ainda mais o espaço livre do arremesso. Neste arremesso é possível arremessar a bola ao gol, tanto no alto quanto baixa, podendo ter portanto uma trajeíória ascendente, o que dificulta a ação do bloqueio e do goleiro, já que este raramente treina defendendo bolas em trajetórias idênticas.
Erros frequentes:
O ombro do braço do arremesso não é suficientemente recuado portanto o arremesso não possui potência suficiente;
-    Havendo uma demasiada inclinação do corpo, perigo em ser acometido de ões na queda.
O arremesso de ombro com finta do lado contrário ao braço do arremesso
Figura 32
Este arremesso sempre serve para fintar o adversário dificultando sobremaneira as suas ações. O arremesso pode ser executado por baixo, em corrida, parado, no salto. Depois da sequência de passos de posse de bola o jogador simula um arremesso de ombro do mesmo iado da bola, forçando o defensor a fazer o bloqueio. Após, a perna de apoio é colocada do lado esquerdo (jogador destro), o tronco flete-se com uma rotação simultânea para a esquerda e o braço do arremesso movimenta-se para atrás da cabeça. A mobilização da coordenação com objetivo de efetivar a potência de arremesso começa com um forte movimento de rotação do tronco para um eixo longitudinal da direita para a esquerda com um arremesso de ombro, auxiliado com a extensão enérgica da perna de apoio. Depois da bola ter abandonado a mão a terminação do arremesso refere-se a dominação do movimento ríspido realizado com a extensão da perna direita afrente. (fig. 32).
Erros mais frequentes:
Força transmitida pela perna estendida sobre a perna de apoio e a flexão do tronco não são suficientemente fortes, de modo que o defensor que se aproxima pode bloquear;
Se o braço de arremesso não for colocado atrás da cabeça, este arremesso deve perder potência e portanto facilmente sofrer o bloqueio.
Este arremesso especial é uma fornia muito eficaz para atuar contra defesas que não estão suficientemente preparadas, mas a sua utilização contínua deve gerar no defensor uma prevenção contra este, facilitando assim o defensor.
O arremesso do lado contrário ao lado do arremesso também pode ser efetuado com queda o que ajuda muito no processo de arremessar fintando e portanto dificultando as ações dos defensores. É um processo técnico de arremesso de meia distância e tem como objetivo poder arremessar fintando o adversário próximo a este.
É na verdade a contini ição do arremesso com finta de ombro do lado contrário ao braço áo arremesso. Com c movimento de queda, o jogador arremessado!* tente desvencilhar do ataque e da possibilidade de bloqueio do defensor (fig.33). O arremesso pode ser executado com o jogador parado, em corrida ou com simulações de arremessos anteriores.

l;igiira 33
Sequência de movimentos: o movimento começa com uma finta de arremesso por
baixo. Após, o jogador arremessador executa um passo profundo para o lado contrário ao
do braço do arremesso, inclinando rapidamente o corpo para este lado, posicionando ao
mesmo tempo o ombro do braço do arremesso na nova posição. O corpo é, assim, girado
para a direita. O braço do arremesso estendido, com a bola, é colocado atrás da cabeça. O
que faz o arremesso deixa de estar sobre a perna direita, muda o peso para a perna
poio, que nesta altura se estende, ficando o eixo longitudinal do corpo paralelo ao
solo.Com este movimento começa uma queda lateral, O eixo do ombro acaba ficando
perpendicular ao solo. Com a mobilização da força, o corpo sofre uma rotação para a frente
na direção de um eixo longitudinal. Depois do arremesso, o jogador que o executou volta
40
>lo com a mão esquerda, ou com as duas mãos em posição repousada. O arremesso deve ser feito para o canto do lado do braço do arremesso, portanto, pelo íado do defensor. Erros frequentes:
A inclinação lateral do corpo é muito pequena. O braço do arremesso posicionado suficientemente atrás da cabeça, ficando a bola presa no bloqueio; O corpo não sofre uma torção suficiente; o arremesso é muito fraco; A queda se não executada correíamente pode oferecer o perigo de lesão.
O arremesso no salto com um tempo a mais
O arremesso retardado é um processo de arremesso que é usado com mais frequência a meia distância para fintar o defensor. Distinguimos aqui duas possibilidades:
1-   O arremesso no salto com um tempo a mais com o braço do lado do arremesso;
2-   O arremesso no salto com um tempo a mais para o lado contrário ao lado do arremesso.
Sequência de movimentos: arremesso no salto com um tempo a mais com o braço do lado do arremesso: O jogador que faz o arremesso começa a correr em diagonal da esquerda ou paralelamente à linha do gol, salta para o arremesso, obrigando o defensor a bloquear. O goleiro também se coloca esperando o arremesso. Começa pelo atacante o retardamento do arremesso. Este pode ter duas consequências diferentes:
O defensor que tinha saltado para bloquear úiicia a sua queda até o solo com o atacante ainda no ar, este então pode arremessar a bola sem o efetivo bloqueio que antes dificultava o seu arremesso, o que é desvantajoso para a ação de defesa do goleiro.
Com   a  trajetória   em   diagonal   ou   paralela   do   movimento   do  jogador arrernessador, durante o retardo deste, este salta passando pelo bloqueio defensores, podendo assim haver um arremesso que  tenha unia trajetória próxima ao defensor, que na maioria das vezes tira a visibilidade do goleiro. No arremesso com um tempo a mais para o lado contrário ao do braço do arremesso, o jogador que o faz pode começar a correr de qualquer direção. O último passo com a perna do salto, e o salto desta para a direção contrária à do braço do arremesso são decisivos. Aqui, o jogador que faz o arremesso, tenta mudar o início do arremesso temporariamente com o prolongamento da fase do vôo, de modo que este possa passar por sobre o bloqueio ou simplesmente passar por ele. Especialmente no salto, o tronco deve inclinar-se para o lado contrário ao do braço do arremesso e este deve ser colocado por de trás da cabeça, para escapar a ação da defesa (fig.34).
Os arremessos no salto da ponta
No decorrer da evolução técnica do handebol, tem evoluído os processos técnicos
dos arremessos de ponta. Estes exigem dos pontas, especialmente, rapidez e potência de
impulsão para o arremesso. Já não é feito com um salto simples na direção da marca dos 07
os, pois os defensores podem evitá-lo com relativa facilidade.   Por exemplo o
arremesso ào ponta com impulsão sobre a perna do lado do braço do arremesso é utilizado
41
pelo           quando este consegue impulsionar o corpo, este faio faz com que o jo[
obtenha vantagens:
-    O angulo de arremesso não é diminuído em relação ao salto dado com a perna
esquerda;
O defensor que espera pelo salto dado com a perna esquerda é surpreendi^
não pode defender a bola com correção.
Figura 34
Sequência de movimentos: o começo da corrida efetua-se geralmente com dois passos no angulo de 45° a 90° em relação ao gol, passando junto do defensor de ponta. O pé esquerdo é colocado à frente da área do gol perto do adversário, e salta energicamente.
42
Com a ajuda do salto deve ser tentado o aumento do ângulo de arremesso. O salto su< portanto, na área do gol. Aqui a bola é segurada à frente do peito, com as duas mãos, o ombro esquerdo é empurrado para a frente, de modo que o adversário não pode aproximar-se da bola. A perna direita que vem para a frente no salto, oscila agora para trás. A p esquerda é levada para a frente, dobrada pelo joelho. Depois, a bola é trazida rapidamente por cirna do ombro do braço do arremesso e é arremessada com um arremesso mais de cirna
■Io, conforme o objetivo do arremesso. A perna esquerda oscila vigorosamente trás  como  no  passe  habituai,  para  auxiliar a aceleração  do  arremesso.   O jogador arremessador pode voltar ao solo sobre a perna esquerda ou direita (fíg.35). É importante salientar que a figura 35 trás este arremesso de jogador canhoto (sinistro).


Figura 35
O arremesso de jogador direito (destro) na posição de ponta direita
Como nem todas as equipes dispõem de jogadores canhotos, neste caso um jogador destro deve especializar-se na posição de extrema direita. Ele deve, como todos os pontas, possuir especialmente bom poder de salto. Em contraposição à posição de ponta esquerda, em que o jogador destro pode ainda executar com êxito um salto num ângulo agudo em relação a trave, é quase impossível na posição de ponta direita, especialmente quando o goleiro está corretamente posicionado. Por isso, só devem ser executados os arremessos quv: produzam uni aumento do angulo de arremesso.
.quência de movimentos: o começo da corrida sucede na direção da marca de 07 metros. Pode ser executado com três passos normais (esquerda, direita, esquerda) ou com um salto entre os passos. O salto deve ser tão largo e tão alto quanto possível. A bola e
43
segui          ate do corpo, com a s duas mãos, durante o máximo de tempo possível, para
tirar do adversário a possibilidade de toma-la. Depois, o arremessador gira o corpo pa direita, na direção do eixo longitudinal, de modo que o eixo do ombro tique em posição oblíqua em relação ao solo (quanto mais ampla for a esta rotação, mais aceleração a bola be), daí colocando o braço do arremesso esticado atrás da cabeça, inclina o tronco para a esquerda, para deste modo aumentar o ângulo de arremesso tanto quanto possível. A mobilização da força sucede geralmente só na fase descendente da curva de voo, por meio de forte movimento de rotação do corpo para o eixo longitudinal, trazendo simultaneamente para a frente o braço do arremesso. Quando a bola deixa a mão, o eixo do ombro fica paralelo ao solo. O jogador que fez o arremesso regressa ao solo com a perna do salto (fíg. 36).
■ ■*

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í' igura 36
Para aumentar mais o ângulo de arremesso e assim aumentar as possibilidades de um arremesso bem sucedido, o arremessador pode executá-lo também em queda. Neste j regressa ao solo em posição de repouso (fíg. 37 e 38).
O arremesso de ponta após a recepção aérea da bola (jogo aéreo)
É um processo técnico muito exigente e espetacular que solicita do executante mento, assim como noção espacial e temporal. A execução é muito difícil porque deve-se conjugar o salto e o passe que deve ser realizado com perfeição num ponto exato do espaço, onde o jogador recepcionará a bola e, sem cair no solo deverá arremessa-la. Este pode não ser executado somente pelas pontas mas em outras posições de ataque,
44
como sugestão apenas a sua realização deverá ser realizada a uma distância média . portanto estas possibilidades de distancia íambcm estão afetas ao pivô Porém suas melhores condições de execução estão afeitas aos pontas possuem mais espaço para se aproximarem mais dos 06 metros em velocidade e saltar para a recep            marcados.
Figura 37
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...
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Figura 37



ura 38
Sequência de movimentos: o ponta esquerda inicia a corrida, quase sempre sem ser
incomodado, e salta num vôo bem alto como num arremesso dos 06 metros, portanto uma
ao é necessário. Durante o salto, o jogador que conduz a bola, passa esta e o
essador pode recebê-la com uma ou duas mãos e arremessá-la ao gol. O cair ao
ior que saitou realiza-se com uma ou duas pernas (fíg. 39).
Os arremessos em queda do pivô
A maioria dos arremessos com queda do pivô, que são executados com o jogador em movimento, sobretudo em corrida, tornam-se, com um impulso grande arremessos em
46
queda (fígs. 40 e 41).Neste caso, a execução técnica é, em princípio, a mesma. Contudo o arremesso é precedido por um salto mais ou menos vigoroso, muitas vezes com as duas pernas e sem acorrida inicial. A queda no solo, depois do arremesso, acontece quase sempre com as mãos e os pés. A maior parte das vezes, é concluído com um movimento por cima do ombro do braço do arremesso (rolamento). O bater do corpo no chão é, assim, diminuído.
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Figura 40
Os arremessos de costas também são utilizados de forma muito especial e em frequentes podem ser até consignados gois desta forma. Estes arremessos são mais utilizados de média e pequena distancia. Representam uma arma perigosa, especialmente dos 06 metros. Como, na maior parte das vezes, a surpresa para o goleiro e para o defensor nde, a execução raramente pode ser evitada, os pivôs podem utilizar este processo com êxito.
Os arremessos de costas de meia distancia são executados, na maior parte das vezes, comum movimento de rotação sobre a perna de apoio. Como a sua precisão é m pequena, são utilizados mais raramente. Os arremessos de costas, são arremessos ritmados

As fintas são processos técnicos importantes. Sua qualidade na equipe, indicam a técnica no plano individual e consequentemente também no coletivo. nta é um fundamento técnico de ataque conhecido e avançado, com, ou sem leva a defesa adversária a ter uma reação determinada e propositada, f adversário (defensor) reagir como era esperado o movimento será interrompido sur, dai um novo. A finta compõe-se de dois elementos claros e bastante decisivo: movimento da finta e de uma continuação depois da reação do adversário. Por exemplo: i remesso ao gol, faz com que o defensor execute o movimento de bloqueio ficando              diversas   açoes   técnicas   inesperadas,   do   ponto   de  vista  defensivo,
momentaneamente sem marcação (pivô, pontas e etc...). Com isso aumenta a expectativa
o qual vai ser o próximo passo do ataque, criando assim um estado de a coletivo na expectativa defensiva, que pode ser até ser prejudicial a estes.
As fintas devem ser utilizadas repetidamente, mas sem atrapalhar ou atrasar o jogo. Uma finta nau pode ser repetida muitas vezes pois isto causa um estado de adaptação defensivo natural a esta.
Fintas sem bola
ira 43
is servem principalmente para o atacante se livrar do defensor e corre, rferência para receber o passe. É importante portanto a sincronização entre o passador e o jogador fintador.
as de entrada são as fintas sem bola mais utilizadas.
49
cia de movimentos: o atacante que está a frente do adversário, que o observa, finta com um passo (uma entrada) para a esquerda, movendo-se naquela direção. i atacante se dirige a direita rapidamente de modo que o defensor se desequilibre, ou ainda permitindo assim uma ótima ação do atacante (fíg. 43). ca acima pode ser executada de forma simples ou duplamente. Simplificada querda e entrar para a direita) ou de forma dupla (fintar para a direita, fintar para i                   ... trar para a direita).
movimentos descritos acima forem executados em corrida, daí então faiamos em corrida com mudança de direção. Também aqui distingirmos as mudanças de direçao simples e duplas.
[uência de movimentos: o atacante aproxima-se do defensor com dois ou três
os, executa em diagonal um passo para a esquerda, fazencb com que o defensor espere
ser i                 ) por este lado, Se o adversário se mover nesta iireção executa-se um passo
cruzado para a direita. Com um impulso rápido com a perna esquerda a corrida se dirige
para a direita e continua nesta direção.
fintas com bola
Algumas fínías com bola são idênticas às que não tem a bola. Elas simulam o gesto do atacante com a bola. Nestas fintas o importante seguir a regra dos três passos e adaptar-se à             * do jogo dada.
Por exemplo: seria insensato se um jogador baixo e com arremesso fraco fintar de em um arremesso, pois talvez este ato não sofresse nenhuma reação defensr*
 finta simples de entrada com bola
Neste aspecto podemos identificar as fintas de entrada com bola que são divididas em dois tipos: Na finta de entrada simples o atacante tem duas possibilidades. 1- Fintí ..da para a esquerda e entrada para a direita com a bola dominada (fíg.44); 2- Finta de '. a esquerda, entrada para a direita, corrida com passo para a direita e para a .g 45). Estes seriam precisamente os passos correspondentes da regra dos três passos.
Conforme a situação de jogo, é utilizada uma possibilidade ou outra.
À finta dupla de entrada com bola
nta dupla de entrada com bola é executada com ou sem bola. Aqui também é ..•s-tante a regra dos três passos. Como a finta já contem três passos, depois dela deve
tte um quique da bola (drible) (fig46). Aqui deve-se sempre te proteger a bola com o corpo e utilizar a mão esquerda ou a direita para conduzir a bola.
50

Figura 44
Figura 45
A finta de passe deve induzir o defensor a abandonar o seu lugar de defesa para apanhar a bola que é passada. O êxito desta finta depende em grande parte da possibilidade
51
do jogador de posse bola ter a capacidade de induzir o jogador defensivo da possibilidade de um passe que não existirá.
f igura 46

quência de movimentos: o jogador de posse de bola simula um passe para o companheiro. O seu adversário direto tenta intervir para tomar a posse de bola, deixando a sua posição original, o que é aproveitado pelo jogador que possui a bola, que continua o manejo de bola tentando uma combinação, um arremesso, um drible e etc..(fig.47).
Finta combinada entre dois jogadores
A finta combinada entre dois jogadores deve induzir o defensor direto a tentar evitar um passe que liberte um dos atacantes para o arremesso.
icncia de movimentos: um jogador que está a meia distância ataca a baliza e finta o seu defensor direto com a simulação de um passe para o pivô. Este passe poderia ser direto, quicado ou pelas costas. O defensor então tenta evitar o passe, facilitando um arremesso ao jogador que está de posse de bola (fíg. 48).
A finta de arremesso é uma finta muito comum e eficaz. Esta deve ser utilizada por todos os jogadores da equipe, em muitas variantes e situações, tendo uma característica plástica importante que ajuda a evidenciar, juntamente com os passes, a qualidade técnica
de uma equipe. Um dos segredos para a sua ótima execução e o fato de se empunhar a bola corretamente.

rlgUTíl 4/
Sequência de movimentos: o atacante de posse de bola simula um arremesso, isto pode acontecer como já vimos com o jogador parado ou em corrida, ou ainda no salto. O movimento e o olliar devem servir para induzir o defensor para o arremesso. A função do defensor é tentar evitá-lo por meio de um bloqueio sobretudo, se o arremessador for muito perigoso. Contudo, este defensor deve abandonar a sua postura de base e original na tentativa de defesa. Na continuação o atacante, que possui a bola, pode agora fazer o seguinte: fazer uma movimentação diferente na tentativa de um outro tipo de arremesso, ou ainda, fazer um passe para o pivô que momentaneamente está liberto (fig 48).
Muitos jogadores ainda utilizam um drible depois da finta de arremesso e da já espt.           ição do defensor, o atacante bate a bola no solo enquanto ainda esta no ar,
portanto não violando a regra dos três passos (fig. 49), podendo continuar uma outra tentativa de arremesso ou passe.
As fintas de drible
As fintas de drible devem ter como objetivo se desvencilhar do defensor que tenta tomar a bola que está sendo driblada pelo atacante.
Sequência de movimentos: o jogador que está de posse de bola está a um ou dois os do adversário correndo e driblando. Se o defensor que o acompanha tentar tomar a posse de bola deve-se induzir o drible em outra direção, trocando de mão de batimento de bola ou mudando de direçáo de corrida em posse de bola.
Breves comentários sobre a finta
As fintas constituem-se no tempero do jogo. Portanto fintar constitui-se em embelezar o jogo torná-lo mais bonito e portanto plástico. Como todos os outros fundamentos técnicos as fintas também devem ser treinadas e desenvolvidas. Como condição prévia, os processos técnicos necessários para isso tem de ser bem dominados (passe/recepção, drible, arremessos). Portanto, como em todos os outros processos técnicos, também as fintas devem começar pela demonstração do professor ou de um jogador experiente.
Depois de uma boa descrição técnica da ação, devemos incentivar as suas execuções, primeiro lentamente, para após começar a executar os movimentos com mais velocidade até encontrarmos as condições de simular as fintas em condições de jogo.
A TÉCNICA INDIVIDUAL DE DEFESA
Por técnica defensiva todos os processos técnicos que um jogador utiliza na defesa. Por defensor entende-se aquele jogador que joga na equipe que naquele momento histórico do jogo não possui a posse de bola. Como já frisamos em um momento neste trabalho não se trata de posicionamento geográfico na quadra, mas sim o que caracteriza o atacante ou o defensor é a posse de bola.
A posição de base
A posição de base na defesa é uma posição típica a partir do qual são executados todos os processos técnicos de defesa. Ela auxilia, ativa e facilita as execuções técnicas.
O jogador fica voltado para o adversário em posição de salto com as pernas afastadas e pés paralelos. O pesos está igualmente distribuído pelos dois pés. As articulações das pernas estão levemente fletidas. O tronco está inclinado para a frente, as costas curvadas. Os braços podem ficar caídos relaxados, e as palmas das mãos voltadas para a frente, ou ser estendidos para o lado do corpo e levemente dobrados em angulo reto. Em todo o caso, as palmas das mãos ficam voltadas para a frente. A partir desta posição dos braços, podem ser executados mais facilmente movimentos para bloqueio de bola (para o bloqueio ao ataque ao adversário os braços não devem ser utilizados).
A partir desta posição pronta para o movimento, o defensor pode executar rápida e corretamente todos os processos técnicos defensivos. Ele só deve abandonar esta posição básica, quando o jogo for interrompido ou o adversário (atacante) tiver perdido a bola.
Os deslocamentos cio defensores
lefesa também possui deslocamentos especiais para poderem executar todos os procedimentos defensivos de maneira ótima. O jogo grosseiro e contra a regra na defesa tem a s suas raízes geralmente ao domínio deficiente da técnica dos deslocamentos defensivos. A última solução é o segurar e o agarrar com os braços de modo que o adversário já não possa mover-se. Infelizmente neste caso os árbitros são demasiado inconsequentes e liberais.
Estes deslocamentos servem para movimentar lateralmente a defesa, para acompanhar o atacante para o lado, ou para fechar rapidamente um vazio através do qual um atacante quereria fugir ou passar a bola.
Sequência de movimentos: a partir da posição de base, são executados para o lado pequenos passos, começando sempre com a perna que fica para a frente na direção do deslocamento. As pernas nunca devem ser cruzadas. Devem ser evitados os saltos, ou um movimento demasiado forte do centro de gravidade do corpo. Nunca deve-se perder o contato com o solo no deslocamento. Deve estar sempre com um pé no solo e estes devem ser levantados até o ponto que é necessário para a realização do movimento. Os pés nunca se devem juntar compleíamente. Quantos mais pequenos e mais numerosos forem esses passos, com mais segurança temos o adversário sob controle, sem utilizar os braços, o que é contra a regra.
Erros;
-     Posição demasiado alta;
-     Passos demasiado grandes e semelhantes a saltos; Os pés são colocados muito juntos ou cruzados;
O peso do corpo não está sempre dividido igualmente pelos dois pés.
Os deslocamentos para trás
Servem sobretudo para a saída no ataque ao adversário com bola e para o regresso à formação original de defesa.
Sequência de movimentos: os deslocamentos são executados, como os laterais, a partir da posição base e distinguem-se destes apenas na direção do deslocamento. Trabalha-se sempre com pequenos passos, sendo válido o seguinte: para um jogador destro, a saída é iniciada com a perna esquerda; para um canhoto, com a direita. O deslocamento para trás para a formação de defesa começa sempre com a perna da retaguarda.
Se o adversário que tem a bola estiver fora da linha dos nove metros, o defensor utiliza o deslocamento rápido em forma de curta arrancada para o "sprint". Só deste modo é que se chegará a tempo junto do adversário para impedi-lo de arremessar.
O salto como movimento do defensor serve para jogar para fora, para apanhar ou para bloquear a bola. Deve ser sempre executado com um salto com as duas pernas, pois este contribui essencialmente para manter o equilíbrio no voo e aumentar a altura do salto.
56
Sequência de movimentos: partindo da posição de base o jogador impulsiona-se vigorosamente, utilizando os braços para a estabilização do equilíbrio e as mãos para para fora, para apanhar ou bloquear as bolas. A queda no solo deve sempre acontecer com as duas pernas, e se possível, na posição de base, de modo que seja facilitado um retomar imediato do deslocamento na formação defensiva.
É ainda importante a consideração do seguinte princípio: No bloqueio dos arremessos, saltar sempre só quando o arremessador tiver saltado, para não se deixar enganar na finta. Em todos os outros arremessos em princípio não se deve saltar.
Metodologia do salto
A metodologia da aprendizagem da posição de base e do deslocamento do defensor na quadra não tem problema algum.
A apresentação e a explicação proporcionam ao jogador ideias claras do movimento, que depois devem ser passadas a pratica por meio de um treinamento consciencioso. Para tornar possível esta passagem à pratica, o jogador precisa de uma musculatura (pernas e bacia) muito forte e resistente. Aqui deve ser adquirida uma resistência de velocidade especial que tem um significado decisivo para o trabalho eficaz de defesa. Em caso de necessidade o jogador deve estar na situação de poder executar correta, rápida e metodicamente durante muitos minutos o movimento adequado com esta posição.
A mobilização do corpo na defesa                ■'
As regras permitem ao jogador "bloquear o adversário com o tronco, mesmo que ele não esteja de posse de bola".
Com base na regulamentação, o defensor mobiliza o corpo na defesa.
A mobilização do corpo do defensor contra o atacante de posse de bola
A mobilização do corpo do atacante é um processo técnico específico. Neste aspecto, e usando algumas prerrogativas técnicas, o defensor pode impedir que o atacante execute uma boa recepção, um bom movimento de arremesso, ou de passe.
Sequência de movimentos: quando o defensor nota que o passe é realizado ao seu adversário direto, este deve se precipitar a este e pelo contato do corpo tentar perturbar ou evitar a correta recepção.
Se o adversário conseguir a recepção, o defensor tenta impedir a sua movimentação dificultando com ações técnicas inclusive a sua possibilidade de executar o arremesso de modo equilibrado. O passe também é dificultado com esta movimentação do corpo, levando inclusive a um erro de passe, e consequentemente a perda da bola. O defensor deve p. especial atenção ao seu comportamento correio. Ele, se saltar em direção ao atacante pode faze-lo perder o equilíbrio, podo-o em perigo, o que poderia infringir a regra do jogo.
O bloqueio da trajetória da corrida
O bloqueio de trajetória de corrida do atacante é um processo técnico com a ajuda o defensor impede o atacante de prosseguir a direção da corrida preparando uma ofensiva. Se o atacante quiser aproveitar-se de uma lacuna na defesa pi penetração o defensor deve bloqueá-la com o seu corpo. Se o atacante tentar entrar na linha defensiva, oferece-se ao defensor a seguinte possibilidade de bloqueio: colocar-se de forma que esta ação ofensiva seja impedida, colocando o seu corpo dificultando-a, obrigando o atacante até a parar, ou mudar o seu írajeto; deve também se movimentar de fonr atacante não possa segui-lo de forma contínua.
Nos dois casos, o defensor consegue que o atacante não consiga colabora os seus parceiros. Assim, são interceptados, ou mesmo impedidos lances e também outras combinações bem desenvolvidas no grupo ou na equipe. Para não ir contra a regra, o defensor deve estar quieto no momento do contato físico com o adversário.
Desviando o atacante
Se o defensor não conseguir parar o adversário no seu trajeto de corrida colov se a frente dele, pode desviá-lo acompanhando-o. Ele pode, neste momento, desviar o adversário do meio campo, portanto da linha defensiva, ou para a lateral, para uma posição de a           .^o desfavorável. Nos doí.; casos, o adversário deve perder a sua eficácia.
bém aqui é indispensável ater o comportamento correio. O adversário só pode ser
ado com o corpo, e não com as mãos, ou os braços.
O defensor e o atacante e a lata pela posse de bola
Esta luta deve ser considerada um elemento técnico de defesa, com a ajuda da isor tenta tomar a posse de bola corretamente. A regulamentação do handebol possui regras claras que limitam este confronto. Estas devem ser entendidas pelo fato de que o defensor não pode ter nenhum ou quase nenhum contato físico com o atacante possuidor da bola. A luta pela posse da bola significa um contato físico natural, com o adversário, o que nitido pelas regras do handebol.
O tomar a bola do adversário
O tomar a bola do adversário é permitido se este for realizado com a palma da mão do defensor, o que significa que não pode haver murro na bola e deve ser tirada em qualquer direção (fíg. 50).
Sequência de movimentos: o defensor aproxima-se do atacante, de preferência sem ser notado e toma-lhe a bola com a palma da mão. Não pode tocar a mão do adversário. Se a bola for empunhada com as duas mãos pelo atacante, o defensor tenta tomar a boía por baixo, ou por cima, com a mão aberta (formando um gancho).
58



Figura 50
O tomar a bola do jogador que a conduz
O atacante e o defensor em suas ações técnicas, durante o drible, podem ter ou não contato físico.
Sequência de movimentos: o defensor espera, na posição de base, o atacante que conduz a bola e que vem diretamente ao seu encontro e quer passar por ele. Se o adven quica a bola, o defensor retira-a e passa-a a um parceiro.  Aqui  é  permitido  um acompanhamento juntamente com uma mobilização correta do corpo. Para o jogador é geralmente utilizada a mão que está mais perto da ação do atacante.
O bloqueio ao arremesso
Com o bloqueio, o defensor tenta evitar que a bola arremessada atinja o gol ou o goleiro. Como a maioria destes arremessos é executada de longe, é preciso coragem para se colocar na trajetória da bola. Muito treino e o desejo do êxito também ajudam a dar ao bom
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ser coragem nos arremessos mais potentes e a entrar kide oihos abertos" na traje da bola.
Os processos isolados para o bloqueio assemelham-se muito pouco entre si e se classificam em bloqueios de bolas altas, de bolas laterais e baixas.
Os bloqueios de bolas altas
Caracteriza-se pelo bloqueio aos arremessos das bolas arremessadas por sol cabeça do defensor. Sequência de movimentos: o defensor acompanha o movimento do atacante com o olhar. Se este sente que o arremesso poderá ter êxito, levanta os braços, e tenta formar com as mãos uma superfície maior possível, tentando bloquear a trajetória da bola, podendo, portanto o arremesso ser desviado, ficar entre as mãos do defensor, ou chocar-se contra o bloqueio voltando imediatamente em direção do arremessador (fíg.51).
Figura 51
O bloqueador deve seguir a trajetória da bola com "os olhos bem abertos'" assegurar o êxito da ação defensiva. Deve proteger o rosto por detrás dos braços.
O bloqueio de bolas laterais
O bloqueio de bolas laterais é também a defesa de bolas arremessadas na altura dos ombros e da íinha de cintura.
Sequência de movimentos: o defensor dá um passo profundo para o lado em que a bola é arremessada estendendo os braços paralelos na mesma direção. A posição das mãos é a mesma do bloqueio de arremessos de bolas altas. O tronco também inclina-se pa lado, para assim bloquear a bola com mais segurança. O rosto também se protege atrás dos braços (fíg.52).
O bloqueio de bolas baixas
O bloqueio do arremesso de bolas baixas vai desde a linha de cintura até o solo.
Sequência de movimentos: o movimento é quase idêntico ao bloqueio de arremessos de bóias laterais. Aos braços que fazem o movimento de bloqueio, no caso, pode-se juntar a perna do lado do bloqueio, para assim aumentar a superfície de bloqueio (fíg. 53). No
60
entanto deve ser lembrado que o contado da perna (abaixo do joelhoO é uma infração a . do jogo. Contudo este aspecto pode auxiliar para se evitar um gol adversário.
Figura 52
Erros:
O defensor deixa-se enganar pelas fintas do atacante;
-     Medo da bola;
-     As mãos não formam uma superfície compacta;
-     Um passo muito profundo a frente no bloqueio de bolas altas.
Figura 53
O JOGO DO GOLEIRO
O goleiro ocupa na equipe uma posição primordial (fig.54). Afinal de contas este pode ser responsável pela marcação, ou não< de um gol do adversário (gois movimentam o placar, que por sua vez dão o resultado do jogo). Geralmente os seus erros levam a consecução dos gois dos atacantes, por outro lado, tem também a função de orientação da equipe pois, este é o único jogador que tem na sua frente todos os jogadores, da sua equipe e da equipe adversária.
Portanto um bom goleiro influencia diretamente no resultado do jogo. Ótimas defesas no início do jogo aumentam a confiança e a segurança da sua equipe, ao passo que desanima a equipe adversária. Se o goleiro conseguir ainda fazer passes, para bons contra-ataques, isto pode influenciar diretamente no resultado do jogo.
61
■ BB




Figura 54
A escolha e a preparação do goleiro é, portanto, uma tarefa muito importante para o
co ou professor. Tal como os jogadores de linha (6 e 9m.) precisam de determinadas
qualidades   para  exercerem   as   suas   funções,   também   os   goleiros   devem   possuir
determinadas qualidades físicas e psíquicas, que influenciam determinadamente em seu
desempenho.
A seguir enumeramos algumas dests:
-     Altura acima de 1,80 cm;
-     Peso de 75 a 82 kg. (embora este esteja relacionado diretamente com a altura);
-     Envergadura por volta de 10 cm. a mais que a sua altura;
-     Mãos grandes;
-     Possuir ótima velocidade de reação;
-     Boa impulsão;
-     Mobilidade ótima na cintura;
-     Boa agilidade e flexibilidade;
-     Ótimo equilíbrio e coordenação;
-     Coragem;
-     Autodomínio,   com   capacidade   de   concentração   e   consciência   de   sua importância;
-     Ativo e lutador.
Além de tudo isso o goleiro deve possuir bons conhecimentos técnicos e táticos sobre a defesa e ataque.
Na realidade encontrar um goleiro com este perfil físico e psíquico é muito d talvez este não exista, contudo, os técnicos e professores deviam tentar aproximar os seus goleiros deste ideal. O goleiro é entretanto, o que determinam as suas qualidades físicas (biótipo, motricidade, agilidade) e psíquicas (liderança, altruísmo).
A técnica do goleiro
Distinguimos como técnica do goleiro o conjunto de ações específicos que o goleiro desenvolve cm suas ações em um jogo. São estas: A posição de base, deslocamentos, receber a bola, as defesas aos arremessos, os saltos, as fintas, o passe e o arremesse.
A posição de base
A posição de base do goleiro no gol deve possibilitar-lhe os movimentos qui tem de realizar em um jogo, no menor tempo possível e em condições ideais.
Sequência de movimentos: pernas afastadas a altura dos ombros (equilíbrio e atrito com o solo para o deslocamento); joelhos levemente fletidos, (o peso do corpo distribuído igualmente nas pernas); o tronco é pouco inclinado para a frente; o olhar na linha do horizonte acompanhando a bola e toda a movimentação dos jogadores de ataque; braços levantados lateralmente e levemente fletidos pelos cotovelos, de modo que os antebraços fiquem suspensos; palmas das mãos voltadas para a frente. Os braços podem também pender relaxados e só serem levantados para apanhar, receber ou defender a bola. A partir desta posição pronta para o movimento, o goleiro pode executar rapidamente e em segurança os movimentos para a defesa da bola (fig.55).
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wKÊÈLSSfáírn
s
Figura 55                                                     Figura 56
Nos arremessos de pontas, o goleiro deve colocar-se junto à trave do lado do arremesso, de modo que nenhum arremesso possa ser executado neste canto. Com o braço levantado acima da sua cabeça cobre a possibilidade do arremesso nesta zona. O outro braço tem mais ou menos a mesma posição que a posição de base no centro do gol.

bém pode manter as duas mãos por sobre a cabeça. O peso do corpo desloca-se mais para a perna que está junto ao poste, de modo que a outra possa ser utilizada rápida e facilmente na defesa da boía. O pé desta perna é colocado formando um ângulo reto como o outro, de modo que apresente à bola uma superfície mais longa possível (fig. 56).
cepção da bola pelo goleiro
. permanece um elemento técnico importante da técnica do goleiro. Não se distingue muito da recepção da bola do jogador de campo. As bolas recebidas são a condição prévia para o coníra-ataque.
aleiro deve decidir ele próprio quais as bola que devem ser recepcionada Não devemos, em nenhum caso, dissuadir o goleiro de receber a bola.
A defesa da bola
A maioria das bolas que são arremessadas ao gol não podem ser recebidas maneira convencional (como o passe por exemplo) devido a sua força e velocidade de ução deste fundamento técnico, mas devem ser defendidas.
A defesa com o braço
aspecto da técnica desempenha o papel mais importante no mundo das defesas Todas as bolas que chegam lateralmente a mais ou menos 20 a 25 cm. do . ou que ressaltam devem ser defendidas, respectivamente, com o braço e com a mão.
Sequência de movimentos: o goleiro coloca a mão na trajetória da bola, ou levanta o braço estendido para ela, para defender (aparando ou desviando a trajetória da bola). No sentido de ajudar, executa, com a perna do lado da bola, um passo mais profundo, que deve ser larço especialmente nos arremessos a altura do quadril do joelho ou rente ao solo (fig-57).


Figura 57
64
Nos arremessos muito potentes devem ser defendidos da melhor forma possível, neste aspecto o desvio tem uma supremacia sobre as outras formas de defesa com o braço, devi         na velocidade.
Os arremessos fracos devem ser parados ou rebatidos, mas de modo que não possam ser alcançados peio adversário. O goleiro deve controlar imediatamente a bola para poder ;O jogador que imcia o eontra-utaque.
A defesa com o pé
peciaimente difícil para o goleiro defender bolas arremessadas baixas, rente ao solo, ou aquelas que quicam muito próximo a linha de gol. Quando este é o caso, e bolas só podem serem defendidas com o pe.
Sequência de movimentos: O goleiro tenta defender a bola com um passo profundo realizado na direção do arremesso rente a trave. Este passo é feito rapidamente colocando a
Io pé do lado arremesso no chão. O giro do tórax para o lado do arremesso e o fletir



Figura 58
da articulação da cintura, faz com que este se aproxime da coxa para, por sobre esta, s que este movimento serve para aproximar o braço e as mãos do objetivo do arremesso, e portanto da bola. Este movimento também é corroborado pela dobra do joelho do lado do arremesso para assim facilitar a defesa baixa A perna do lado oposto a ação da defesa da bóia serve de sustentação para todo este movimento, fíxando-se no chão pela ponta dos pés. que esta virado em direção ao objetivo do arremesso, como peso do corpo todo distribuído na ação o joelho dobra-se facilitando o movimento que é plasticamente elegante e ordenado.
O goleiro desliza então, todo o corpo em direção às traves, tentando aumentar a sua superfície de ação rapidamente com o corpo, o pé e o braço (fíg. 58).
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Á defesa com o corpo
Quando o arremesso é falho, ou com má interpretação do atacante, este, pode ter o endereço do corpo do goleiro, que também devem ser defendidos. O goleiro tenta oferecer a bola uma faixa de superfície do corpo maior possível. Para não ser lesionado é necessário o goleiro usar equipamentos que o protejam como coquilhas e sutiã reforçados.
O salto para a defesa
Arremessos com o intuito de enganar o goleiro, ou muito próximos, podem também serem defendidos saltando e oferecendo o corpo a bola.
Sequência de movimentos; o goleiro salta em uma ou duas pernas, na maioria das vezes no próprio local, colocando o corpo na trajetória da bola. Os dois braços e as duas pernas direcionadas aos ângulos superiores e inferiores da trave, ocupando o espaço que a trajetória da bola pode dirigir-se. Este tipo de ação defensiva também pode-se chamar de "defesa em xis".
As fintas dos goleiros
Muitas das vezes o atacante pode ser induzido a fazer um arremesso através de uma forma hábil de ação do goleiro, que assim refaz o movimento já esperado fazendo a respectiva defesa. Contudo o goleiro deve Ter muito cuidado principalmente quando o arremessador retarda o arremesso.
Sequência de movimentos: O goleiro ameaça impulsionar-se para cima no o local da defesa, com o corpo na trajetória da bola, com isso o atacante que não percebeu a ação tenta um arremesso por baixo do corpo do goleiro, que efetivamenie não salta e defende. Podendo ainda assim gerar defesas, tais como:
O goleiro pode oferecer ao arremessador um ângulo que ele fecha no momento do arremesso;
-     Uma posição baixa, ou muito alta com os braços muito abertos pode provocar, respectivamente, arremessos altos e baixos, as quais o goleiro pode se . tempo.
-     Pode simular uma saída e induzir o adversário ao arremesso parabólico, facilitando a ação do goleiro.
O goleiro deve exagerar nas fintas. Contudo, em todas as defesas ele devia tentar ficar na posição de base correta e na correspondente metade do angulo de arremesso no momento deste, tornando-se possível deter muitos arremessos.
O passe e o arremesso dos goleiros
O goleiro deve tentar, depois de uma defesa bem sucedida, controlar a bola tão
lamente quanto possível para proteger a sua equipe e partir para o ataque. Para passes a
stância pode utilizar todos os processos técnicos aqui já descritos no item passe
(portanto o goleiro deve treinar com toda a equipe este fundamento). Para os passes
longos, sobretudo em contra-ataques, devia utilizar incondicionalmente um passe de ombro
com passos balanceados, para poder dar à bola aceleração necessária para a distância ■:.. A trajctória da bola deve descrever uma parábola para não poder ser da. Porém uma parábola muito alta pode dar tempo ao adversário de cl rapidamente na jogada.



J
J
ngulur



O deslocamento do goleiro
Na posição de base descrita anteriormente, o goleiro move-se com pequenos e determinados pas            .; o
lado para o qual a bola é arremessada, tenta sempre ficar no meio dos ângulos de arremessos. O seu trajeto de trave a trave pode ser: um semicírculo, um triângulo ou ainda dois pequenos semicírculos (fíg. 59).
Os seus deslocamentos são sei em contato com o solo devendo evitar passos e saltos demasiadamente grandes. O   equilíbrio   c   a   disposição   para   o movimento são decisivos para a recepção e a defesa da bola. Um goleiro alto pode permitir-se ir até mais a frente da linfa; gol do que um mais baixo. Nos seus movimentos, tentará sempre ver o braço de arremesso do adversário.
Como já foi dito anteriormente os deslocamentos devem ser feitos com o olhar do goleiro na bola, mesmo se esta estiver    em     constantes     passes deslocamentos  dos jogadores  atacai sem,   no   entanto   o   goleiro   perder   a perspectiva da ação de todos os jogadores adversários   o   que,   deve   diminuir   a possibilidade de  surpresas  indesejáveis para                     o                     goleiro.









Corfebol
Corfebol em holandês korfbal é um esporte coletivo praticado principalmente na Holanda e na Bélgica. Ele difere de outros esportes semelhantes pois é praticado por equipes mistas, formadas por quatro homens e quatro mulheres.
História do Corfebol

O Corfebol surgiu na Holanda no ano de 1902, criado por Nico Broekhuyesen, influenciado de um jogo sueco denominado Ringball.

Obteve uma boa aceitação e expansão da modalidade logo após a sua apresentação, e em 1903 constitui-se a "Associação Holandesa de Corfebol". Nos anos seguintes a atividade desenvolveu-se essencialmente na Holanda praticados pelos mais jovens, e está a aumentar sua popularidade e o número de praticantes, sendo atualmente cerca de 100 mil praticantes somente na Holanda.

Em 1920, foi apresentada como modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos. Naquela época a Bélgica inicia a sua prática e devido à sua proximidade geográfica com a Holanda, se desenvolveu rapidamente, levando à criação de uma "Associação Nacional" no ano de 1921. Oito anos após, foi novamente modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos de Amsterdã, em 1928.

Em 1933 a modalidade sofre um novo impulso com a criação da IKF. Após a Segunda Guerra Mundial, inicia-se o processo de divulgação a nível mundial, começando pelo Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América e por último a Austrália. O número de países praticantes tem vindo a aumentar progressivamente. Atualmente estão presentes os países lusófonos que praticam a Corfebol que são Portugal e Brasil respectivamente.
Regras

As equipes de Corfebol são constituídas por 8 elementos: 4 homens (2 à defesa e 2 ao ataque) e 4 mulheres (2 à defesa e 2 ao ataque).

Desde sua criação essa modalidade sofreu várias regras, entre elas são:Os jogos duram 60 minutos, mas são divididos em duas partes, cada uma de 30 minutos; Os jogos têm apenas 1 árbitro; O campo é retangular e mede 40 metros de comprimento e 20 metros de largura; No início e o reinício do jogo são feitos no meio-campo; Cada cesta vale um ponto; É proibido tocar na bola com a perna ou com o pé ou com o joelho, bater na bola com o punho e/ou com o pé, bater ou tirar a bola das mãos do adversário ou de um companheiro, correr ou andar com a bola ou driblar o mesmo, lançar de uma posição defendida, entre o atacante e o cesto; de frente para o atacante; com o braço levantado à distância de um braço.



Rugby




De acordo com a

IRB Rugby Ready - elaborado pela International Rugby Board. O IRB Rugby Ready

Rugby é um desporto de equipa jogado com elevada intensidade durante 80 minutos. Os jogadores necessitam ser rápidos, fortes, ágeis, evasivos, poderosos e ao mesmo tempo resistentes para poderem contribuir com as suas capacidades durante todo o jogo.
O jogo de Rugby
O Rugby é um jogo em que duas equipas lutam pela posse da bola, respeitando as leis do jogo e o espírito de Fair Play,
procurando marcar pontos. Cada equipa tem como objectivo alcançar a linha de meta da equipa adversária, exercendo
pressão de várias formas:
Objectivo do Rugby Ready
Em contacto Confronto Em espaço Evasão Em posse Continuidade
ESPÍRITO LEIS FUNDAMENTOS DESCRIÇÕES
Ganhar terreno Pontuar Avançar Bola no solo, pontapé
Contacto físico Posse Apoio Colegas de equipa apenas atrás da bola
Equidade
Fora-de-jogo, passe
para a frente
Continuidade Jogadores de pé
Fair play Infracções/anti-jogo
Direitos e deveres dos
jogadores
Legal: correr com a bola, passar, manter a
bola, pontapear, placagens, agarrar, atirar o
adversário ao chão
Illegal: placagens altas, placagens desleais,
rasteiras, insultos
QUEM Os recursos Rugby Ready foram concebidos para todos os participantes num jogo de Rugby: jogadores,
treinadores, árbitros, pais, espectadores, voluntários e dirigentes.
O QUÊ Um recurso multiplataforma: 1. Manual 2. Website 3. DVD 4. Curso presencial
PORQUÊ
Uma vez que o Rugby é um desporto de contacto, o bem-estar de todos os participantes é um aspecto
fulcral e é da responsabilidade de todos os intervenientes. Os recursos adequados e a partilha presencial
ajudam o participante a conhecer e aplicar boas práticas em todas as áreas de participação no Rugby. O
Rugby Ready pode complementar os recursos ou cursos existentes e ser integrado nesses programas, ou
pode ser utilizado como curso ou recurso autónomo.
COMO Através da consciencialização, auto-avaliações, modelos de boas práticas, técnicas saudáveis, práticas de
segurança, fornecimento de modelos, informações úteis.
QUANDO Opção de actualização anual. On-line a qualquer altura através do website. Curso presencial organizado
pela national Union.
ONDE Acessível, o curso adequa-se a interiores ou exteriores (preferencialmente exteriores).
Um jogador Rugby Ready terá que:
• possuir os atributos físicos para o seu nível de jogo
• ter obtido os níveis necessários de condição física e habilidade técnica
• ter aprendido exaustivamente técnicas seguras para o contacto
• conhecer as Leis do Jogo e o que se considera jogo Ilegal/ Anti-Jogo.
• ter sido considerado apto através de um programa de perfil do jogador
• ter autorização médica para participar
O programa de perfil do jogador é um método estabelecido para avaliar
jogadores. Um bom perfil ajudará os treinadores a verificar se um jogador
está Rugby Ready. O perfil deve conter os seguintes detalhes biográficos:
• detalhes pessoais
• historial médico (incluindo detalhes a propósito de medicação prescrita)
• questionário cardíaco
• informação sobre saúde/bem-estar e condição física
• historial de lesões
• contactos anteriores com o Rugby
Antes de treinar ou jogar, qualquer jogador deve (idealmente) ser submetido
a uma avaliação da condição física. Deve ser dada especial atenção a:
• idade (Sub19 e abaixo), capacidades físicas, técnicas, condição física,
etc.
• todos os novos jogadores
• jogadores com lesões já existentes
• qualquer jogador com um historial de concussões
• jogadores da primeira linha com um historial de lesões no pescoço
• jogadores mais velhos que possam ter problemas degenerativos
Para além de uma avaliação de perfil, uma avaliação física feita por um
fisioterapeuta e/ou treinador desportivo deve ser idealmente realizada. Esta
avaliação deve testar:
• força
• velocidade
• equilíbrio
• flexibilidade
• resistênca aeróbica
• resistência anaeróbica
• problemas físicos, biomecânicos

O ambiente de jogo

É importante assegurar que o ambiente de jogo está
Rugby Ready. Isto permitirá aos jogadores tirarem partido
do jogo e reduzir o risco de lesão. As questões
relacionadas com o ambiente e que devem ser verificadas
antes do treino/jogo são:
O campo de jogo
As instalações devem ter dimensões apropriadas e os
espectadores e veículos posicionados bem longe do
terreno de jogo. Se houver vedações ou tapumes, estas
não poderão estar demasiado perto. (Em condições ideais
devem estar a 5 metros de distância.)
O terreno de jogo
O terreno não deve estar alagado, duro ou escorregadio e
não deve ter objectos estranhos na sua superfície.


Equipamento
para o jogo
O equipamento
deve ser
apropriado
para a idade e
experiência
dos jogadores.
Verificações
chave são:
postes
devidamente
acolchoados;
todas as
máquinas para
formações ordenadas e sacos de placagem / ”escudos”
devem estar em boas condições de manutenção; e as
bandeirolas devem estar correctamente colocadas e ser
flexíveis.
O clima
Condições climáticas extremas podem causar sobreaquecimento
e desidratação ou hipotermia. Deve
assegurar-se que os jogadores usem roupa apropriada e
adequada: em condições de frio e chuva certificar que os
jogadores usam roupa impermeável durante o treino e no
pré e pós jogo; os jogadores suplentes, substituídos ou
lesionados devem utilizar roupa impermeável e quente.

Aquecimento
O aquecimento aumento a temperatura muscular e corporal, activa grupos musculares, estimula o sistema nervoso
e aumenta a mobilidade articular, preparando por isso o jogador para a actividade, minimizando o risco de lesão. O
aquecimento deve ser suficientemente intenso para aumentar a temperatura corporal mas não demasiado para
evitar a fadiga dos jogadores.

O aquecimento é composto por:

1. Mobilidade geral
• Iniciar o aquecimento com corrida ligeira / actividades lúdicas de forma a aumentar o ritmo cardíaco e a circulação
sanguínea.
• Este capítulo do aquecimento inicia-se com movimentos básicos para preparar a musculatura e aumentar a
mobilidade articular.

2. Mobilidade em deslocamento
• Esta etapa do aquecimento aumenta os níveis de intensidade e foca a sua atenção em movimentos que sujeitam os
jogadores a deslocamentos cumprindo uma certa distância.


3. Preparação para gestos técnicos
• Os jogadores podem trabalhar individualmente ou em pequenos grupos focando a sua atenção em habilidades
técnicas exigidas na sessão de treino ou jogo.